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Recolha de resíduos? Governo avalia apoios aos municípios sobre contratos

O Governo irá avaliar a "necessidade de apoio aos municípios" no âmbito dos contratos de recolha de resíduos, lembrando que "não é responsável pelos contratos" municipais, depois de uma greve em concelhos do Norte do país, na semana passada.

Recolha de resíduos? Governo avalia apoios aos municípios sobre contratos
Notícias ao Minuto

13:49 - 04/01/23 por Lusa

Economia Recolha de lixo

"A necessidade de apoio aos municípios será avaliada", pode ler-se numa resposta do Ministério do Ambiente e da Ação Climática enviada hoje à agência Lusa, na sequência de questões colocadas após greves na recolha de resíduos urbanos, na semana passada, em vários municípios do Norte do país.

O ministério recorda que "o Governo não é responsável pelos contratos de recolha de limpeza urbana, tratando-se de uma responsabilidade municipal", e que, face a um eventual risco ausência de recolhas, "fará os possíveis para que tais situações não ocorram", mas "dentro das suas competências nesta matéria".

No dia 29 de dezembro, a Associação Portuguesa dos Empregadores de Resíduos de Limpeza Urbana (APERLU) anteviu a possibilidade de mais greves no setor em todo o país, considerando que "a saúde pública está em risco".

Na semana passada, houve uma greve na recolha de lixo e resíduos urbanos em vários concelhos do Norte, entre os quais Marco de Canaveses, Lousada (distrito do Porto) e Vila Real, concelhos onde opera a empresa FCC Environment, dizendo o porta-voz da APERLU, André Matias de Almeida, que a situação se alastraria "ao resto do país".

Também houve greves nos concelhos de Torre de Moncorvo e Mirandela (distrito de Bragança), onde operam a FCC Environment e Resíduos do Nordeste, respetivamente.

Segundo o representante da associação, em causa estão os procedimentos de despedimento coletivo encetados pelas empresas do setor, que "aparecem na sequência do insucesso das reuniões realizadas com o Governo, até à data", em concreto com o Ministério do Ambiente, diretamente com o secretário de Estado do Ambiente e Energia, João Galamba, que hoje abandona o cargo e toma posse como ministro das Infraestruturas.

"A APERLU pedia ao Governo uma medida ou diploma legislativo similar àquele que é hoje uma realidade para as empreitadas das obras públicas, e que permitia o reequilíbrio dos contratos em face de alterações extraordinárias e imprevisíveis das circunstâncias", explicou o representante à Lusa.

Segundo André Matias de Almeida, essa alteração é pedida pela APERLU, "porque os contratos foram celebrados entre estas empresas da recolha de resíduos urbanos e municípios portugueses há vários anos", desde cinco a oito.

"Ao tempo, não era possível acomodar contratualmente aumentos extraordinários do combustível como temos nestas situações, e também o aumento do salário mínimo nacional como temos assistido nos últimos anos", afirmou.

Segundo o porta-voz, "a manutenção destes contratos revela-se impossível, e disso já foi dada nota ao Governo, e portanto a situação neste momento é dramática".

Questionado sobre se existe o risco de insolvência das empresas, André Matias de Almeida disse que este é "completamente real", já que as empresas estão a viver a "impossibilidade de se candidatarem a outros contratos", ao mesmo tempo que estão sujeitas a ser "alvo de penalizações".

Leia Também: Biorresíduos. Zero alerta para fraca aposta na recolha porta-a-porta

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