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"A minha mulher, no momento em que o acordo é feito, não estava na TAP"

O ministro das Finanças afirmou hoje que a sua mulher não sabia nem participou no processo de negociação da indemnização de Alexandra Reis, afirmando serem falsas as insinuações de que chefiava o departamento jurídico da TAP à data dos factos.

"A minha mulher, no momento em que o acordo é feito, não estava na TAP"
Notícias ao Minuto

15:09 - 30/12/22 por Lusa

Economia Fernando Medina

"A minha mulher no momento em que o acordo é feito não se encontrava na empresa [TAP] pela simples razão que se encontrava de licença de maternidade pelo nascimento da nossa filha, que nasceu em dezembro", afirmou o ministro das Finanças, Fernando Medina, acentuando que não estava, por isso, na empresa em fevereiro, tendo depois, em março, apresentado o seu pedido de demissão como quadro da transportadora área.

Segundo Fernando Medina, por esse motivo, a sua mulher "não estava na empresa, não teve conhecimento, não negociou, não participou e nada teve a ver com esse processo".

Esta cronologia foi sublinhada hoje pelo ministro das Finanças, que falava aos jornalistas no Ministério da Economia, em Lisboa, à margem de uma conferência de imprensa conjunta com os ministros da Economia e da Segurança Social.

Fernando Medina afirmou ainda serem falsas as informações de que a sua mulher dirigia o departamento jurídico da TAP à data dos factos, acentuando que, apesar dos esclarecimentos sobre a falsidade desta questão que tem feito aos comentadores, políticos e jornalistas que lhe têm colocado a questão, há quem persista em falar ou escrever sobre o tema.

"Passados estes dias todos, registo que essa campanha -- que é procurarem atingirem-me através de atingirem a minha mulher --, esse movimento, continua por parte de partidos, comentadores, jornalistas e os que foram esclarecidos quando o repetem estão a mentir", afirmou Fernando Medina, acrescentando que avançará para tribunal com processos judiciais contra os que tentam atingir a sua honra.

Questionado sobre se considera uma "farpa" que o comunicado em que o Ministério das Infraestruturas anuncia a saída do ministro Pedro Nuno Santos refira que o processo de negociação da indemnização de Alexandra Reis foi "acompanhado pelos serviços jurídicos da TAP e por uma sociedade de advogados externa à empresa", Fernando Medina afirmou haver uma diferença entre dizer que os serviços jurídicos acompanharam e que a sua mulher participou.

"Uma coisa é dizer-se se o departamento jurídico participou no processo, não sei se participou ou não, é um assunto interno da TAP. Outra coisa é dizer que a minha mulher participou, o que é falso", disse.

O ministro acrescentou que, se após todo este esclarecimento público alguém continuar a insistir na informação falsa, então "estão ao lado dos que contribuem para denegrir" a vida pública.

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, demitiu-se na quarta-feira à noite para "assumir a responsabilidade política" do caso da indemnização de 500 mil euros da TAP à ex-secretária de Estado do Tesouro.

Esta foi a terceira demissão do Governo em dois dias, depois de Alexandra Reis, da pasta do Tesouro, no centro da polémica com a indemnização, e do secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Santos Mendes, que acompanhou a decisão de Pedro Nuno Santos.

O ministro das Finanças demitiu na terça-feira a secretária de Estado do Tesouro, menos de um mês depois de Alexandra Reis ter tomado posse e após quatro dias de polémica com a indemnização de 500 mil euros da TAP, tutelada por Pedro Nuno Santos.

Alexandra Reis recebeu uma indemnização por sair antecipadamente, em fevereiro, de administradora executiva da transportadora aérea. Em junho, foi nomeada pelo Governo para a presidência da Navegação Aérea de Portugal (NAV) e este mês foi escolhida para secretária de Estado do Tesouro.

A decisão de indemnizar Alexandra Reis, noticiada pelo Correio da Manhã, foi criticada por toda a oposição e posta em causa até pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ao dizer que seria "bonito" prescindir da verba.

[Notícia atualizada às 15h20]

Leia Também: "Não ocupava função governativa quando esta decisão da TAP foi tomada"

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