ACT fiscaliza exploração agrícola em Beja com 68 trabalhadores

A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) desenvolveu, esta quarta-feira, uma operação numa exploração agrícola em Beja, tendo fiscalizado 68 trabalhadores de 10 nacionalidades, disse fonte daquela entidade à agência Lusa.

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Lusa
28/12/2022 16:39 ‧ 28/12/2022 por Lusa

Economia

Beja

A mesma fonte, que se escusou a avançar se existem ou não situações ilegais a registar, explicou que os inspetores da ACT estão nesta altura a "recolher informação" de caráter administrativo, para poder "cruzar" e "verificar" a condição dos trabalhadores.

"Nós atuámos naquele local porque sabíamos que estavam lá a trabalhar empresas que estão sob a nossa referência", acrescentou.

A Inspetora-geral da ACT, Maria Fernanda Campos, disse esta manhã à Lusa que esta operação de "rotina" teve início pelas 7h, numa exploração agrícola com "milhares de hectares", tendo envolvido cinco equipas de inspetores da ACT, apoiados por militares da GNR.

"A operação tem em vista a prevenção de tráfico de mão-de-obra, exploração laboral e trabalho ilegal", disse.

Maria Fernanda Campos indicou ainda que os trabalhadores executam naquela exploração agrícola trabalhos de poda, alinhamento e replantação de olivais.

Fonte da ACT explicou já esta tarde à Lusa que esta operação decorreu naquela exploração agrícola porque existem "indícios de práticas que não são corretas".

Esta operação da ACT envolveu a fiscalização de 68 trabalhadores, de 10 nacionalidades, estando ainda envolvidas sete empresas prestadoras de serviços, entre as quais uma pertencente à própria exploração agrícola.

"Neste momento seria incorreto estar a avançar mais dados sem ter as provas. Evidentemente que todos os factos ilícitos que forem intercetados ou se forem comprovados serão levantados os respetivos autos e, tratando-se de trabalhadores que não estejam declarados, nós próprios oficiosamente fazemos a regularização deles", acrescentou.

Em 23 de novembro, a Polícia Judiciária (PJ) desenvolveu uma operação em larga escala no distrito de Beja e deteve 35 pessoas pertencentes a uma rede criminosa que contratava trabalhadores estrangeiros para agricultura no Baixo Alentejo.

A rede era formada por estrangeiros, nomeadamente famílias romenas, e alguns portugueses que lhes davam apoio.

Esta investigação da PJ tinha tido inicio há cerca de um ano e teve como foco a angariação por aquela rede criminosa de trabalhadores estrangeiros com a promessa de emprego e habitação.

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