Segundo avançam hoje os jornais económicos, a carta que o Executivo luso terá de enviar ao FMI com os compromissos políticos e económicos para o período pós-troika ainda não foi entregue, estando a ser trabalhada para ser apresentado antes das eleições europeias, que em Portugal acontecem a 25 de maio.
De acordo com o que adianta o Diário Económico, o Governo está ainda a fechar dossiers complexos como alterações detalhadas ao mercado do trabalho, pensões, rendas excessivas, impostos diferidos, crédito bancário e pagamentos em atraso, que até aqui suscitam algumas dúvidas aos responsáveis internacionais que temem que a coligação governativa abrande o ritmo das reformas.
Este atraso deverá estar relacionado com a ausência da ministra das Finanças de Portugal, que esteve em Bruxelas, em reunião do Eurogrupo, uma vez que Maria Luís Albuquerque é a par do Governador do Banco de Portugal Carlos Costa um dos responsáveis que terá de assinar o documento antes deste ser enviado para Washington, altura em que deverá merecer, também, a aprovação da diretora do FMI, Cristine Lagarde.
Relembre-se que nos últimos dias, várias vozes da oposição, nomeadamente do Partido Socialista, exigiram ao Governo a divulgação deste documento.