Para o próximo ano, o executivo de Macau destacou como prioridade o aceleramento da recuperação económica, através da restauração da vitalidade da indústria do turismo e lazer integrado, e a promoção do desenvolvimento da diversificação da economia.
O controlo das despesas correntes e "expansão do investimento" público, que passa por obras como a construção da quarta ponte Macau-Taipa e das linhas do metro de superfície, são também apostas das autoridades.
A proposta de Lei do Orçamento de 2023, já aprovada na generalidade, prevê uma receita bruta do jogo de 130 mil milhões de patacas (15,5 mil milhões de euros).
Trata-se da mesma estimativa feita para este ano, apesar de ter arrecadado até ao final de outubro pouco mais de um quarto desse valor.
No orçamento para 2023 estimam-se receitas de 105 mil milhões de patacas (12,5 mil milhões de euros) e despesas de 104 mil milhões de patacas (12 mil milhões de euros).
Desde o início da pandemia que os orçamentos de Macau têm sido deficitários, com o Governo a ser obrigado a recorrer à reserva financeira, que perdeu valor durante oito meses consecutivos, atingindo 580 mil milhões de patacas (69,3 mil milhões de euros), o valor mais baixo desde maio de 2020.
O jogo representa cerca de 80% das receitas do Governo e 55,5% do Produto Interno Bruto (PIB) de Macau, numa indústria que dá trabalho a mais de 80 mil pessoas, ou seja, a 17,23% da população empregada, mas, desde o início da pandemia, as operadoras no território têm acumulado prejuízos sem precedentes devido à queda do número de visitantes.
Tendo em vista a diversificação da economia, a aposta em elementos não jogo foi uma das exigências das autoridades para a renovação das licenças das seis concessionárias, a partir de 01 de janeiro de 2023.
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