"O apoio destina-se a famílias em carência absoluta. As famílias vão sentir que é um balão de oxigénio, que vai durar muito pouco tempo", afirmou Isabel Camarinha, em declarações à Lusa, em Lisboa.
Para a intersindical, o apoio do executivo não será suficiente, tendo em conta o aumento de preços que se continua a verificar e o "brutal custo de vida".
A CGTP vincou assim que os trabalhadores, reformados e as restantes camadas da população que vão receber este apoio precisam de uma garantia de melhores condições de vida.
Isabel Camarinha disse ainda ser "inaceitável" que, em Portugal, um milhão de famílias viva em situação de carência absoluta, pedindo uma solução.
"Isso só se consegue com o aumento geral dos salários e das pensões, com emprego e direitos, com uma garantia de qualidade de vida e de dignidade", assinalou.
O Conselho de Ministros aprovou hoje o apoio extraordinário de 240 euros dirigido a famílias que recebem prestações mínimas ou que beneficiem da tarifa social da energia, disse a Ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho.
O apoio abrangerá cerca de um milhão de famílias (1.037 mil agregados) e será pago numa única vez no dia 23 de dezembro para quem tem o IBAN registado junto da Segurança Social e por vale postal nas restantes situações.
Este apoio "será pago a todos os agregados que já tiveram um apoio excecional para compensar a inflação", referiu a ministra do Trabalho, nomeadamente as famílias que em abril e junho receberem uma prestação extraordinária de 60 euros.
O objetivo deste novo apoio, a ser pago em dezembro, é apoiar "as despesas acrescidas" das "famílias mais vulneráveis" face à subida da inflação e ao seu impacto no custo de vida, disse a ministra.
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