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O B à Bá da 'saída à portuguesa'

Depois de ontem o Governo ter anunciado que iria dispensar um programa cautelar, optando assim por uma saída à irlandesa, o Diário Económico explica esta segunda-feira, os principais pontos da 'saída à portuguesa', explicando de forma detalhada quais as diferenças e semelhanças verificadas entre os dois países.

O B à Bá da 'saída à portuguesa'
Notícias ao Minuto

08:58 - 05/05/14 por Notícias Ao Minuto

Economia Pós-troika

O termo saída limpa entrou no vocabulário dos países resgatados, em dezembro, aquando o término do programa irlandês. Basicamente significa que o Governo escolhe um regresso aos mercados por via própria, rejeitando intervenção de entidades europeias, esclarece hoje o Diário Económico que detalha as diferenças e semelhanças verificadas entre Portugal e a Irlanda, países resgatados que optaram por uma saída do programa de resgate sem um programa cautelar.

A opção por uma ‘saída à portuguesa’ prende-se com o facto de a yield da dívida a 10 anos, no mercado secundário, registada neste momento, estar fixada nos 3,6%, perto do valor registado na Irlanda em momento semelhante ao português e pelo facto de o Estado português ter uma almofada financeira de mais de 10 mil milhões de euros, valor que chegará, segundo o ministério das Finanças para suprir as necessidades de financiamento em 2015. Porque um programa cautelar tem uma duração de 12 meses, Portugal está em plenas condições para rejeitar esta opção, regressando aos mercados de dívida pelo seu próprio pé.

As vantagens de uma saída limpa prendem-se com fatores políticos, podendo agora o Governo alegar que o país recuperou a sua soberania e que os esforços desenvolvidos durante os últimos três anos valeram a pena. A nível europeu, em vésperas de eleições, os responsáveis de Bruxelas podem assim autocongratular-se pelo sucesso do plano de resgate luso;

Porém, apesar de se falar na saída da troika do país, este facto não é bem verdade. Portugal continua sob supervisão das autoridades estrangeiras, sendo que apesar de existir menos margem para exigências externas, o Governo português está sob escrutínio dos credores externos até 2038, que deverão avaliar o desenvolvimento da economia portuguesa até 2038, altura em que o pagamento do empréstimo de 78 mil milhões termina.

Apesar de o Executivo português ter dispensado um programa cautelar, em caso de dificuldades crescentes ao nível do financiamento através dos mercados, com agravamento, por exemplo, dos juros exigidos pelos investidores, existe sempre a possibilidade de um pedido de um plano deste género, pelo que, no imediato, não há qualquer razão para alarme.

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