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Associação Zero: Portugal está longe de atingir Economia do Bem-Estar

Portugal está longe de atingir uma Economia do Bem-Estar, segundo uma avaliação da associação ambientalista Zero, que indica haver "ainda muito por fazer" no combate às desigualdades, na mudança de modelo económico ou na eficiência do uso de recursos.

Associação Zero: Portugal está longe de atingir Economia do Bem-Estar
Notícias ao Minuto

17:29 - 05/12/22 por Lusa

Economia Economia do Bem-Estar

A análise faz parte da "1.ª avaliação sobre Economia do Bem-Estar em Portugal" que a associação apresentou hoje, baseada na análise de indicadores sobre oito eixos considerados estratégicos: organização da sociedade, educação e capacitação; economia; trabalho; saúde; energia, edifícios e mobilidade; recursos naturais e território e instrumentos financeiros.

O desempenho de Portugal foi comparado com a média da União Europeia ou com a média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), dependendo da fonte dos indicadores.

"De uma forma global, podemos dizer que o desempenho de Portugal deixa muito a desejar em todos os eixos estratégicos, onde há ainda muito a fazer, seja na componente do combate às múltiplas desigualdades -- de rendimento, de género, de acesso à informação, à educação, à saúde e à qualidade de vida -- seja no estímulo a um modelo económico diferente, onde outras formas de economia - locais, sustentáveis, partilhadas, inclusivas - são potenciadas", resume a associação em comunicado.

Na eficiência e circularidade no uso dos recursos Portugal está "muito abaixo da média" da União Europeia, deixando a economia mais exposta à volatilidade dos mercados internacionais. E, acrescenta a Zero, apesar do bom desempenho nas energias renováveis há ainda "uma fortíssima dependência energética do exterior (65,2%)".

A associação considera que o Pacto Ecológico Europeu, para levar a que a economia da União Europeia seja sustentável, é "uma oportunidade que pode e deve ser aproveitada" para transformar o atual modelo de desenvolvimento económico e social "numa Economia do Bem-Estar".

Ao contrário do atual modelo económico, de crescimento contínuo, a Economia do Bem-Estar procura responder às necessidades fundamentais e prioridades das pessoas, e assenta em cinco necessidades, uma delas a dignidade, em que todos têm o necessário para viver com conforto, segurança e felicidade.

Assenta também na natureza, com um planeta saudável, na promoção do bem comum, na justiça e na participação dos cidadãos nas decisões, explica também a associação ambientalista.

Pretende-se, acrescenta, que Portugal adira à parceria de Governos para uma Economia do Bem-Estar, que já conta com países como a Escócia, Irlanda, País de Gales, Finlândia, Islândia e Nova Zelândia.

Leia Também: COP15. "Precisamos de Acordo de Paris para a natureza. Com compromissos"

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