A posição desta organização não governamental (ONG) de defesa do ambiente realça a ausência de sanções internacionais sobre o nuclear civil russo.
Em comunicado, "a Greenpeace solicita a paragem definitiva de qualquer comércio nuclear com a Rússia".
A ONG reclama também "o fim de todos os contratos em curso entre a indústria nuclear francesa e a Rosatom, bem como com as suas filiais, a começar pelos contratos sobre o comércio de urânio entre a Tenex, filial da Rosatom, e respetivamente a EDF e a Orano".
Pauline Boyer, que dirige as campanhas da Greenpeace France para as áreas do nuclear e da transição energética, considerou "escandalosa a continuação do comércio nuclear com a Rússia, enquanto a guerra na Ucrânia se intensifica".
Na manhã de terça-feira, "dezenas de embalagens de urânio enriquecido e dez contentores de urânio natural provenientes da Rússia" foram encaminhadas para o porto de Dunquerque, para serem "carregadas em comboio e camiões com destino que podem ser Pierrelatte em France e/ou Lingen, na Alemanha", segundo a Greenpeace.
Questionada sobre o destino da carga, a EDF não respondeu.
Leia Também: COP27. Greenpeace saúda acordo de financiamento de perdas e danos