A medida visa reforçar o recente acordo do país do norte de África com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A Agência de Imprensa Saudita disse que o prolongamento iria permitir ao Egito abrir "novos canais de financiamento com organizações regionais e internacionais" e ajudar na conclusão de um acordo preliminar de três mil milhões de dólares (cerca de 2,9 mil milhões de euros) que o país com mais população do Médio Oriente alcançou com o FMI em outubro.
Riade não adiantou mais pormenores sobre os termos da extensão, incluindo por quanto tempo. A imprensa estatal egípcia não comentou o anúncio.
A economia egípcia foi duramente atingida pela pandemia da covid-19 e pela guerra na Ucrânia.
O Egito é o maior importador de trigo do mundo, sendo que a maior parte é proveniente da Rússia e da Ucrânia.
A inflação no país atingiu um pico de mais de 16% em outubro.
O acordo do Egito com o FMI, alcançado no mês passado, deve durar 46 meses e visa enfrentar o problema da inflação e restruturar a economia.
Os termos do acordo preliminar levaram o Governo egípcio a introduzir uma série de reformas económicas imediatas, incluindo uma subida nas taxas de juro e uma mudança para uma taxa de câmbio flexível.
O Egito recebeu um resgate de 12 mil milhões de dólares (11,6 mil milhões euros), quando o Governo do Presidente do país, Abdel Fattah el-Sissi, apostou num ambicioso programa de reformas que levou à subida dos preços.
Nos últimos anos, aliados regionais, como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, injetaram milhares de milhões de euros na economia egípcia -- abalada durante anos por turbulência política após a queda do poder de Hosni Mubarak na revolução de 2011.
De acordo com dados do Governo, cerca de um terço dos 104 milhões de egípcios vivem na pobreza.
Leia Também: FMI quer contribuir para resolução de conflitos no mundo