"Estivemos agora reunidos com a administração e, em função daquilo que já fizeram e dos compromissos que estão assumidos, os sindicatos entendem que vale a pena suspender a greve", disse à agência Lusa Fernando Fidalgo, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS).
Segundo Fernando Fidalgo, a plataforma sindical, que integra também o SITRA -- Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes e o SNMOT -- Sindicato Nacional dos Motoristas e Outros Trabalhadores, convocou a paralisação no dia 14, mas, entretanto, a empresa já começou a resolver alguns problemas que justificaram o pré-aviso de greve.
"O principal problema, principalmente com os trabalhadores dos terminais, era a carga horária e a obrigatoriedade de fazerem trabalho suplementar. A carga horária foi substancialmente reduzida e deixou de haver essa pressão sobre os trabalhadores relativamente ao trabalho suplementar", disse Fernando Fidalgo.
"Mas, ainda há um conjunto de situações por resolver, nomeadamente a falta de condições de algumas instalações físicas, que não dependem apenas da Alsa Todi", advertiu o sindicalista da FECTRANS.
Dependente de terceiros, designadamente da Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), responsável pelo transporte público na Área Metropolitana de Lisboa, está também o direito ao transporte dos familiares dos trabalhadores, dos reformados e dos pensionistas.
"É necessário que estes beneficiários mantenham esse direito [ao transporte gratuito]. Há um compromisso da TML de receber a empresa e encontrar soluções, mas também aqui é um problema que envolve a Alsa Todi e outras entidades", reconheceu.
De qualquer forma, acrescentou o sindicalista, "face ao que, entretanto, já foi feito e à boa vontade demonstrada pela empresa em continuar a fazer todos os esforços para resolver todos os problemas, os sindicatos entenderam que estão criadas as condições para suspender a greve que estava prevista para a próxima quarta-feira".
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