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Líderes africanos debatem aceleração da industrialização do continente

Cerca de vinte presidentes africanos reuniram-se esta sexta-feira no Níger, para analisar formas de acelerar a industrialização do continente africano, durante uma cimeira extraordinária da União Africana (UE).

Líderes africanos debatem aceleração da industrialização do continente
Notícias ao Minuto

23:18 - 25/11/22 por Lusa

Economia Indústria

Neste encontro, realizado sob a presidência do Presidente do Ruanda, Paul Kagame, foi também realizada uma sessão da Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZLECAF), que teve como objetivo apresentar aos dirigentes africanos os textos da segunda fase das negociações deste organismo.

Os líderes africanos exploraram, durante o encontro, os caminhos de atuação que permitam acelerar a industrialização de África e diversificar a sua economia de forma inclusiva e sustentável.

O presidente da Comissão da UA, Moussa Faki, adiantou que a cimeira girou em torno de vários eixos, incluindo a revisão dos esforços de industrialização nos últimos anos para identificar limites e fatores de bloqueio, para estabelecer uma nova dinâmica de industrialização "rápida e irreversível" para tornar a economia do continente mais competitiva.

"As reflexões sobre esta nova dinâmica devem incluir as mudanças tecnológicas em curso no mundo, a pressão das alterações climáticas, as garantias de acesso à energia e os riscos relacionados com as tensões de segurança (terrorismo e insegurança alimentar" que afetam duramente o continente", sublinhou.

Moussa Faki destacou que a agricultura constitui a principal porta de entrada para a industrialização do continente.

"A transformação do setor agrícola através da Declaração de Maputo [que visa destinar 10% do PIB dos países africanos à agricultura] vai permitir o aumento da produção, e a redução das importações alimentares do continente estimadas em 15.000 milhões de dólares (cerca de 14.400 milhões de euros) por ano e liberar recursos humanos e financeiros para o desenvolvimento do setor", destacou.

Perante a limitada industrialização da economia africana, o Presidente nigeriano, Mohamed Bazoum, insistiu no uso dos recursos do continente de maneira "eficiente".

"Temos que definir as prioridades pertinentes que servirão de base sólida para a industrialização. Devemos fortalecer nossa base industrial, que passará por uma consolidação do potencial energético do continente", destacou o líder nigeriano.

Bazoum indicou que África possui todo tipo de energia fóssil, nuclear, solar, eólica e hidráulica.

"Temos de zelar pela utilização das nossas energias não renováveis para investir também nas energias renováveis", recomendou o governante, que reafirmou a sua determinação em explorar todas as fontes de energia à disposição do país.

Por sua vez, a ministra dos Negócios Estrangeiros do Senegal, Aissata Tall Sall, leu durante a cimeira uma mensagem do Presidente do país, Macky Sall, que insistiu na necessidade de avaliar o potencial do continente.

"África tem potencial e ambição para as suas necessidades: 30 milhões de quilómetros quadrados, 1,4 mil milhões de habitantes, 60% de terras aráveis sem exploração, 95% de reservas de crómio e platina, 40% de reservas mundiais de ouro, 85% das reservas de fosfato sem contar com as importantes reservas hidráulicas, reservas de gás e petróleo", lembrou a comitiva senegalesa.

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