Meteorologia

  • 19 ABRIL 2024
Tempo
18º
MIN 15º MÁX 21º

Paris e Berlim assinam acordo para garantir fornecimento energético

A França e a Alemanha assinaram hoje, em Berlim, um acordo de "apoio mútuo" para "garantir o fornecimento de energia" nos dois países, no contexto do corte de importações da Rússia e da subida dos preços no mercado internacional.

Paris e Berlim assinam acordo para garantir fornecimento energético
Notícias ao Minuto

17:58 - 25/11/22 por Lusa

Economia Energia

Estão previstas "medidas concretas", em particular para a França ajudar a Alemanha a reduzir a sua dependência do gás russo através de entregas de gás, enquanto a Alemanha apoiará a França para "assegurar o seu fornecimento de eletricidade durante o inverno", de acordo com um comunicado conjunto assinado pela primeira-ministra francesa, Elisabeth Borne, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, que hoje estiveram reunidos na capital alemã.

O acordo formaliza um esforço já implementado, desde meados de novembro, pela Alemanha para "maximizar tanto quanto for possível a capacidade de interconexão disponibilizada ao mercado", de acordo com o mesmo documento.

Além disso, Berlim "compromete-se a adiar a eliminação progressiva das restantes centrais nucleares até meados de abril de 2023, a fim de fornecer volumes adicionais de eletricidade à França", e "mobilizar toda a produção e reserva de mercado (...) para maximizar os fluxos de eletricidade para o mercado francês".

A França é atualmente um importador líquido (compra mais do que vende) de eletricidade pela primeira vez em 42 anos, devido a um baixo nível de produção de eletricidade a partir da energia nuclear.

Desde 1981, o país sempre foi um exportador líquido de eletricidade para os seus vizinhos, graças, em particular, às suas centrais nucleares, que cobriam mais de 60% da produção francesa de eletricidade.

Mas desde janeiro, importou mais eletricidade do que exportou, porque quase metade da sua capacidade nuclear está indisponível devido a problemas de manutenção programados, mas por vezes prolongados, ou a problemas de corrosão.

O nível de abastecimento deverá permitir que a França passe sem problemas o mês de dezembro, mas para janeiro existem riscos de cortes em caso de frio extremo e se o consumo não cair.

Também para a Alemanha, o ponto de viragem é histórico porque o país estava muito dependente do gás proveniente da Rússia e deve agora diversificar os seus abastecimentos virando-se para o Ocidente.

O gás que vai receber da França será, maioritariamente, importado diretamente aos produtores por este país e por via marítima.

A França tem quatro terminais de importação de gás natural liquefeito (GNL), enquanto a Alemanha não tem, e planeia ter um terminal adicional flutuante em Le Havre "no inverno de 2023/24", apontou o comunicado.

A Alemanha também está a instalar terminais de GNL flutuantes, dois dos quais podem ficar operacionais ainda este inverno, em Wilhelmshaven e Brunsbüttel, e outros três "até ao final de 2023".

Dias antes desta deslocação de Borne a Berlim, a imprensa internacional dava conta que a primeira-ministra francesa ia à capital alemã com o objetivo de incrementar as relações do eixo franco-alemão (as duas maiores economias da União Europeia), perturbadas por algumas questões, nomeadamente ligadas à energia.

Para além das diferenças no limite dos preços do gás, o plano de ajuda de 200 mil milhões de euros da Alemanha para particulares e empresas face à subida dos preços da eletricidade causou mal-entendidos e receios de distorção da concorrência entre os seus parceiros europeus.

Leia Também: Viana estima redução até 33% do consumo de energia com luzes de Natal

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório