Hotéis do Porto e Norte com menos reservas no Natal do que no 'reveillon'
A um mês do Natal, os hotéis da região do Porto e Norte de Portugal estão com taxas de ocupação de 40% e para o 'réveillon' entre 65% e 70%, avançou hoje o Turismo Porto e Norte de Portugal.
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Economia Turismo do Porto e Norte
"Ainda a um mês [da época do Natal], mas já começámos a notar um ritmo de reservas bastante interessante. Para o Natal estamos com cerca de 40% de taxa de ocupação e em relação à Passagem de Ano, um pouco melhor, estamos entre os 65% e os 70% de taxa de ocupação", declarou Luís Pedro Martins, presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP).
Em entrevista telefónica à agência Lusa, a propósito das expectativas da TPNP para setor do turismo da região Norte para a próxima época natalícia e Passagem de Ano, Luís Pedro Martins acredita que os números vão crescer mais ao longo dos próximos dias e que vão ser um "grande contributo" para o Norte de Portugal voltar a atingir a meta dos seis milhões de hóspedes, números registados em 2019, antes da pandemia da covid-19.
"Ainda falta um mês e julgo que estes números poderão ainda ser melhores, mas serão um grande contributo para chegarmos ao final do ano e atingirmos aquela meta muito ambicionada, mas que de facto não era fácil em tão pouco tempo, que era voltar a registar os números de 2019, ou seja, a atingir os seis milhões de hóspedes e passar os 11 milhões de dormidas. Julgo que estamos próximos de que isso aconteça".
Luís Pedro Martins classifica de "fantástico" o fato de, após dois anos de pandemia, o setor turístico ter tido uma resposta em tão curto espaço de tempo "para o alavancar da economia nacional, conforme os números o indicam".
Segundo o presidente da TPNP, cerca de 60% das reservas para o Natal e Passagem de Ano 2022 referem-se ao mercado internacional.
"Cerca de 60% das reservas são dos nossos principais mercados. À cabeça França, Espanha, Brasil, Estados Unidos da América, Reino Unido e Alemanha", disse.
Questionado sobre se a guerra e a inflação não poderão ser fatores que venham adiar as metas traçadas para o final de 2022 -- dos seis milhões de hóspedes e 11 milhões de dormidas -- Luís Pedro Martins acredita que a localização geográfica de Portugal e a distância do conflito ajudam na procura do destino.
No entanto, avisa que é sempre importante não esquecer que o conflito existe e as empresas têm de estar preparadas, porque, acrescentou, "sabe-se como é que a guerra começou, mas não se sabe como é que ela vai acabar".
"A Europa está envolvida num conflito e tudo o que daí deriva poderá prejudicar a economia de todos os países -- o de Portugal incluído. Apesar de tudo, e talvez pela nossa localização geográfica, por sermos o país mais afastado do conflito, temos vindo a conseguir conquistar aqueles que querem viajar para a Europa, mas que não se querem colocar em perigo. No entanto é sempre importante não esquecer que o conflito existe e as empresas têm de estar preparadas (...), porque sabe-se como é que a guerra começou, mas não se sabe como é que ela vai acabar", destacou.
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