O Ministério concluiu, depois de uma análise técnico-jurídica, que a integração "representa riscos à concorrência no setor e ao bem-estar dos consumidores", indicou, em comunicado, divulgado na terça-feira.
O novo grupo aéreo ia "alcançar 100% da participação em 16 rotas" da Colômbia, algo que, "em termos de livre concorrência, significaria um retrocesso e retorno a patamares não vistos no país há mais de sete anos", sublinhou.
"Outros concorrentes iam enfrentar novas dificuldades para crescer ou entrar em mercados afetados por maiores barreiras de entrada e maior poder de mercado" e, portanto, "os consumidores podiam ser prejudicados", explicou.
Em resposta, a Avianca demonstrou preocupação com a decisão de recusar uma integração que "procura proteger passageiros e empregos e promover conectividade no país", além de ajudar a Viva Air, uma companhia aérea de baixo custo.
A decisão "ignora o efeito potencial que o desaparecimento da Viva teria sobre os utilizadores e o mercado", uma vez que a companhia aérea "passa por uma situação financeira difícil", de acordo com um comunicado do presidente da Avianca, Adrian Neuhauser.
A Avianca acrescentou que vai analisar detalhadamente a decisão das autoridades "e avaliar todas as alternativas legais disponíveis para procurar as aprovações necessárias".
O acordo de integração foi anunciado em 29 de abril e o pedido de aprovação foi submetido ao Ministério de Transporte e Aviação Civil colombiano em 08 de agosto.
Em maio, a Avianca e a companhia aérea brasileira Gol tinham anunciado a criação do grupo Abra, empresa para atuar como 'holding' das duas companhias e cujo foco será o segmento de transporte aéreo na América Latina.
A Avianca é a companhia aérea líder na Colômbia, na América Central e no Equador. Opera 3.800 voos semanais em 130 rotas, com uma frota de mais de 110 aeronaves Airbus 320 e Boeing 787 Dreamliner, e ligações a cerca de 65 destinos na América e na Europa.
A Gol é a maior companhia aérea do Brasil e opera uma frota de 142 aeronaves Boeing 737.
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