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CES defende "maior ambição" na valorização salarial da função pública

O Conselho Económico e Social (CES) defende "maior ambição" na valorização salarial dos funcionários públicos e considera que a redução do IRS prevista na proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) poderá "ficar aquém" das necessidades.

CES defende "maior ambição" na valorização salarial da função pública
Notícias ao Minuto

21:21 - 07/11/22 por Lusa

Economia OE2023

A posição do CES consta do parecer sobre a proposta de OE2023, hoje aprovado em plenário daquele órgão por maioria de votos, a que a Lusa teve acesso.

O órgão de consulta e de Concertação Social afirma que a atualização salarial da administração pública em 2023 "traduz-se mais uma vez numa perda real dos salários" e sugere assim "maior ambição na valorização das carreiras e dos salários" destes trabalhadores.

No documento, o CES refere que, entre 2009 e 2022, os funcionários públicos "perderam mais de 20% de poder de compra (o equivalente a três salários)", tendo em conta a inflação e "a ausência quase total de atualização salarial".

Para 2023 estão previstos aumentos salariais e outras valorizações da administração pública, com um aumento mínimo de 52 euros ou de 2%, progressões e promoções, bem como a valorização das carreiras gerais que, segundo o Governo, resultam num aumento global médio de 5,1%.

No entanto, o CES considera que "misturar as progressões e promoções com aumentos salariais não é a melhor maneira de quantificar a valorização salarial", nomeadamente porque "em muitos casos a ausência de progressões e promoções ficou a dever-se a decisões de natureza política que se mantiveram durante largos anos e que, em muitos casos, são irrecuperáveis, dado o envelhecimento dos e das trabalhadoras do setor".

Quanto à atualização dos escalões de IRS no valor de referência dos aumentos salariais (em 5,1%) e à redução em dois pontos percentuais, de 23% para 21%, da taxa marginal do segundo escalão de IRS, o CES considera que "a proposta orçamental corre o risco de ficar aquém do que se justificaria no atual contexto, carecendo de maior visão estratégica relativamente à necessidade de adaptação do sistema fiscal às necessidades".

Em relação às medidas para mitigar os efeitos das subidas dos preços e dos juros, o CES qualifica-as como "positivas" mas ainda assim "insuficientes", particularmente quanto às medidas dirigidas às famílias, como a redução do IVA na eletricidade, a redução voluntária das retenções de IRS na fonte, ou o apoio à transição para o mercado regulado.

Já sobre a reformulação das regras do mínimo de existência prevista na proposta de OE2023, "o CES considera que a medida se justifica plenamente, tendo em conta o crescimento da taxa de risco de pobreza verificado em 2021 (rendimentos de 2020) e que por certo se acentuarão em 2022 e 2023."

Leia Também: OE? Cenário macroeconómico "corre sérios riscos de não se concretizar"

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