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Acordo? "1.º passo para tornar a Administração Pública mais atrativa"

Após a assinatura do acordo acordo plurianual de valorização salarial dos trabalhadores da Administração Pública, José Abraão, da Fesap, considerou estarmos "perante um Governo que demonstra vontade de negociar com os trabalhadores".

Acordo? "1.º passo para tornar a Administração Pública mais atrativa"
Notícias ao Minuto

15:38 - 24/10/22 por Notícias ao Minuto com Lusa

Economia José Abraão

Após a assinatura do acordo plurianual de valorização salarial dos trabalhadores da Administração Pública, entre o Governo e as estruturas sindicais da função pública da UGT, a Fesap e o STE, José Abraão 'aplaudiu' o entendimento. "É importante que se desbloqueie os concursos de promoção que estão nas Finanças à espera de serem desbloqueados", chamou, contudo, à atenção. 

"Este é um compromisso que, não obstante não conseguir suprir completamente e de imediato as enormes perdas de poder de compra acumuladas pelos trabalhadores - agravadas, em grande medida, pelas elevadas taxas de inflação de 2022 e 2023 - representa um primeiro passo no sentido de tornar a Administração Pública mais atrativa para os jovens, fixar quadros, mais capaz de atrair e reter os melhores e os mais qualificados, evitando que tenham de sair do país" e "mais preparada para enfrentar os desafios com que diariamente nos deparamos". 

José Abraão, da Fesap, sublinhou, em seguida, que "só há mudança com compromissos, mas [também] só com trabalhadores, e é este compromisso que hoje estamos aqui a assumir". 

O responsável deixou ainda uma palavra para assinalar o "esforço feito pelo Governo, sempre insuficiente", no sentido de "se verificar uma aproximação a algumas das reivindicações que a Fesap vem apresentando, como seja a introdução de previsibilidade, de estabilidade, de confiança nos serviços públicos". 

"Estamos hoje perante um Governo que demonstra vontade de negociar com os trabalhadores, reforçando o papel das organizações sindicais que os representam. Dando motivos para acreditar que a negociação coletiva poderá assumir um lugar de destaque do qual tem sido arredada".

Contudo, a Fesap crê que "este acordo é apenas um início de um novo caminho que se pretende para a Administração Pública e para a negociação coletiva, que teremos de continuar a trilhar com responsabilidade e seriedade". 

Também a presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Helena Rodrigues, destacou que "a assinatura deste acordo não é o fim do caminho". "É o princípio de tudo o que temos para fazer e há muito ainda por fazer", disse. "Não desistiremos das carreiras especiais", vincou.

Recorde-se que o acordo, assinado no Palácio Foz, em Lisboa, contempla um leque de medidas que vão desde a atualização da remuneração base da administração pública para os 761,58 euros, em 2023, a uma previsão de atualização salarial anual equivalente a um nível remuneratório (52 euros) ou de um mínimo de 2% para todos os funcionários públicos até 2026, garantindo um aumento global de pelo menos 208 euros nos quatro anos.

Outra das questões contempladas no acordo está relacionada com a subida do subsídio de refeição de 4,77 para 5,20 euros, com efeitos a partir de outubro de 2022. Na proposta inicialmente apresenta pelo Governo aos sindicatos, o subsídio estava previsto avançar para o novo valor apenas a partir de janeiro de 2023.

De fora deste acordo fica a Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, afeta à CGTP, que já marcou para dia 18 de novembro uma greve nacional, e que acusa o Governo de negociar às escondidas, tendo sido surpreendida com a assinatura de um acordo "versando matérias que nunca" lhe foram colocadas à discussão.

Leia Também: Função Pública. Assinado hoje acordo plurianual sobre aumentos salariais

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