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Atividade da zona euro contrai-se em outubro pelo 4.º mês consecutivo

A atividade da zona euro contraiu-se em outubro pelo quarto mês consecutivo, um abrandamento que se intensificou no quarto trimestre e que está a ocorrer ao ritmo "mais rápido" desde abril de 2013, com exceção do período de confinamentos.

Atividade da zona euro contrai-se em outubro pelo 4.º mês consecutivo
Notícias ao Minuto

10:42 - 24/10/22 por Lusa

Economia Zona Euro

O indicador 'flash' PMI (Purchasing Managers' Index) da S&P Global, do qual o IHS Markit faz parte, recuou para 47,1 pontos em outubro, menos um ponto que em se Setembro (48,1 pontos) e o mais baixo em 23 meses e abaixo dos 50 pontos que separam o crescimento da contração.

O economista principal da S&P Global, Chris Williamson, insiste que "parece provável que a economia da zona euro se contraia no quarto trimestre" dado o "declínio crescente da atividade global" e "a deterioração da procura verificada em outubro", pelo que, na sua opinião, "a recessão parece cada vez mais inevitável".

O setor que mais caiu foi o da indústria transformadora, em queda durante cinco meses e a um ritmo não visto desde julho de 2012, e o setor dos serviços diminuiu pelo terceiro mês consecutivo e contraiu-se numa magnitude não vista desde maio de 2013 (exceto durante os confinamentos adotados para travar a pandemia).

Os declínios mais acentuados foram observados nos subsetores dos produtos químicos e plásticos e dos recursos básicos, refletindo a sua elevada dependência da energia, enquanto o crescimento se limitou à tecnologia, serviços industriais, e empresas farmacêuticas e de biotecnologia.

Na zona euro, o maior declínio foi na Alemanha, onde os setores da indústria transformadora e dos serviços registaram "taxas de contração acentuadas e aceleradas", enquanto a França viu a sua atividade global estagnar, com uma expansão modesta da atividade do setor dos serviços a compensar um declínio acentuado no setor da indústria transformadora.

No que diz respeito a novas encomendas de bens e serviços, estas caíram pelo quarto mês consecutivo em outubro e a taxa de declínio acelerou a um ritmo não visto desde dezembro de 2012 (se os meses de confinamento não forem tidos em conta), o que aponta para um abrandamento crescente da procura.

Face a esta situação e a fim de manter os níveis de atividade, as empresas continuaram a processar pedidos em atraso, que "caíram pelo quarto mês consecutivo" e especialmente no setor industrial.

O emprego recuperou ligeiramente em outubro, embora tenha sido o terceiro mais baixo registado no último ano e meio, refletindo cortes de postos de trabalho em algumas empresas e uma maior relutância em contratar, gerada pela incerteza sobre as perspetivas.

As expectativas de atividade empresarial nos próximos 12 meses permanecem fracas, no segundo nível mais baixo desde os primeiros confinamentos, com confiança "especialmente baixa no setor industrial e particularmente na Alemanha".

De acordo com dados da S&P Global, embora a melhoria dos problemas de fornecimento de mercadorias tenha ajudado a aliviar algumas pressões inflacionistas, o aumento dos custos energéticos e as pressões salariais ascendentes fizeram com que a taxa global de inflação de custos se mantivesse extremamente elevada.

Chris Williamson acredita que "o aumento do custo de vida continua a ser o principal responsável por trás do abrandamento económico", mas também a crise energética da região é "uma importante fonte de preocupação e um obstáculo à atividade empresarial, especialmente nos setores de energia intensiva".

Leia Também: Confiança dos consumidores na zona euro recupera ligeiramente em outubro

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