Greve dos maquinistas da Metro Sul doTejo com "elevada adesão"
Nos dois dias de greve total dos trabalhadores do Metro Transportes do Sul apenas quatro dos 21 veículos circularam à hora de ponta, segundo o Sindicato dos Maquinistas, o que considera ser um sinal de "elevada adesão".
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Economia Sindicato
A empresa, que explora o sistema de transportes públicos fornecido através do denominado metro ligeiro de superfície nos concelhos de Almada e Seixal, no distrito de Setúbal, referiu à agência Lusa que tem sido possível assegurar 30% das ofertas às horas de ponta, ou seja, ao início da manhã, ao meio-dia e ao final da tarde.
Os trabalhadores do Metro Transportes do Sul (MTS) terminam hoje uma greve total de dois dias para exigir a abertura de negociações, aumentos salariais, a progressão na carreira e melhor manutenção dos equipamentos.
Segundo o presidente do Sindicato dos Maquinistas (SMAQ), Barata Domingues, até ao momento não houve qualquer sinal de abertura de negociações para "um Acordo de Empresa que vá ao encontro das justas reivindicações dos trabalhadores", garantindo que a estrutura sindical sempre esteve disposta a negociar com a empresa.
A paralisação previa também que, entre as 00:00 de 18 de outubro e as 24:00 do dia 21, os maquinistas fizessem greve ao trabalho suplementar.
A estrutura sindical adianta ainda que percorreu todo o processo legal para convencer a empresa a negociar um Acordo de Empresa, tendo enviado uma proposta com conhecimento aos ministérios envolvidos e à Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).
No entanto, assegura o Sindicato dos Maquinistas, "perante a recusa da MTS em negociar, foi solicitada à Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) que moderasse o processo de conciliação" que a empresa "também rejeitou".
Já a empresa disse ter sido surpreendida com o pré-aviso de greve, uma vez que se manifestou disponível para negociar.
A empresa assegurou que tem mantido com o SMAQ e demais sindicatos representativos dos trabalhadores da empresa uma postura de diálogo constante, nunca tendo recusado qualquer reunião ou análise de casos concretos propostos pelas estruturas dos trabalhadores e "mantendo agora toda a disponibilidade para chegar a um acordo com o SMAQ de forma a manter a paz social na empresa".
Segundo a MTS, foi proposto um aumento salarial em linha com as orientações do Governo para o setor privado e há disponibilidade para, dentro das capacidades da empresa, melhorar as condições de trabalho numa negociação com o sindicato.
A empresa garantiu que propôs a fixação de um calendário de curto prazo para negociar estas matérias com o SMAQ e que o sindicado recusou as propostas sem apresentar qualquer contraproposta, decidindo manter a greve.
"Lamenta-se, assim, a intransigência do SMAQ, a incapacidade para apresentar propostas enquadráveis na realidade da MTS e a indisponibilidade recente para o diálogo", referiu.
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