Os trabalhadores da Transtejo realizaram uma greve de três horas por turno, no início dos turnos da manhã e da tarde, durante cinco dias, para reivindicar aumentos salariais, queixando-se do aumento do custo de vida.
Numa resposta enviada à agência Lusa sobre o balanço da greve dos trabalhadores da Transtejo, que decorreu entre segunda-feira e hoje, a empresa explica que neste último dia de paralisação houve uma adesão na ordem dos 49% por parte dos trabalhadores abrangidos pelo aviso prévio.
No primeiro dia de greve (10 de outubro), adianta a empresa, a adesão foi de 13%, no segundo de 09%, no terceiro de 24% e no quarto dia de paralisação de 12%.
Estes valores são a média das adesões nos períodos da manhã e da tarde.
A Transtejo refere ainda que as manhãs dos primeiros três dias de greve foram marcadas pelo cumprimento dos horários de serviços mínimos definidos pelo Conselho Económico e Social (CES) e pelo início antecipado do serviço de transporte.
Ainda segundo a empresa, na manhã do quarto dia foram realizados os serviços mínimos decretados e verificou-se o início antecipado de carreiras na ligação fluvial do Montijo (10:30), tendo as restantes ligações fluviais iniciado atividade nos horários previstos e anunciados.
Na manhã de hoje - último dia de greve parcial -, acrescenta a Transtejo, os horários de serviços mínimos foram igualmente cumpridos e verificou-se o início antecipado de carreiras nas ligações fluviais do Montijo (09:00) e do Seixal (9:15), tendo as outras duas ligações fluviais iniciado carreiras tal como esperado.
Dados da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) apontam, contudo, para uma adesão na ordem dos 100% durante o dia de hoje.
Paulo Lopes, dirigente da Fectrans, disse em declarações à agência Lusa que a ação de luta teve um balanço "globalmente positivo".
A Transtejo é responsável pelas ligações do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, a Lisboa.
Esta empresa partilha o conselho de administração com a Soflusa, responsável pela travessia entre o Barreiro, no distrito de Setúbal, e o Terreiro do Paço, em Lisboa.
Os trabalhadores de ambas as empresas têm levado a cabo nos últimos meses várias ações de luta, reivindicando uma valorização salarial e a contratação de funcionários.
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