Taxa de desemprego na Alemanha estabiliza em 5,5% em setembro

A taxa de desemprego na Alemanha estabilizou em 5,5% em setembro, num contexto de inflação elevada e da contínua chegada de refugiados ucranianos ao mercado de trabalho, disse hoje em comunicado a agência de emprego alemã.

Perder o emprego, desemprego

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Lusa
30/09/2022 11:29 ‧ 30/09/2022 por Lusa

Economia

Alemanha

No comunicado, a agência de emprego refere que a taxa de desemprego estabilizou em 5,5% e que o número de desempregados aumentou em 14.000 face a agosto.

"O mercado de trabalho permanece globalmente estável apesar do aumento dos preços e dos receios de escassez de energia", disse a presidente do Centro de Emprego, Andrea Nahles, num comunicado.

"O desemprego e o subemprego caíram no início da recuperação do outono", disse, acrescentando que isto teria sido ainda mais acentuado sem o registo de novos refugiados ucranianos a fugir do seu país invadido pelo exército russo.

O número de cidadãos ucranianos registados na Alemanha no final de agosto era de 1,11 milhões, mais 957.000 do que no final de fevereiro quando a guerra começou, de acordo com o Gabinete Federal para as Migrações alemão.

Em termos mais gerais, a procura de mão-de-obra está a "diminuir ligeiramente", mas permanece a um "nível muito elevado", de acordo com Nahles.

A Alemanha é particularmente afetada pelo aumento dos preços da energia na sequência da guerra na Ucrânia.

Todo o modelo industrial, largamente baseado em importações de energia barata, está a ser desafiado.

A inflação homóloga disparou para 10% em setembro, o valor mais alto registado desde dezembro de 1951.

A economia alemã dirige-se para uma recessão a partir do último trimestre de 2022 e deve preparar-se para um 2023 difícil com uma inflação cada vez mais elevada, esperada em 8,8%, e um declínio do PIB de 0,4%, de acordo com as previsões dos principais institutos económicos do país publicadas na quinta-feira.

Entretanto, a agência federal de estatística alemã (Destatis) anunciou hoje que o número de pessoas empregadas na Alemanha aumentou em agosto em 447.000 ou 1,1% para cerca de 45,4 milhões, enquanto, pela primeira vez num ano e meio, não cresceu em relação a julho.

De acordo com os dados provisórios publicados hoje, a tendência ascendente no mercado de trabalho continua com uma dinâmica decrescente em termos homólogos, depois do número de pessoas empregadas na Alemanha ter registado taxas de variação de 1,5% em maio, 1,3% em junho e 1,2% em julho.

Em comparação com o mês anterior, em dados corrigidos das variações sazonais, a população empregada permaneceu praticamente inalterada e só caiu ligeiramente em agosto em 6.000 pessoas, ou seja 0%.

Assim, o número de pessoas empregadas, em dados corrigidos das variações sazonais, não continuou a crescer pela primeira vez em ano e meio.

A Destatis recorda que tanto as medidas de contenção da pandemia como o afluxo de refugiados da Ucrânia desde março último contribuem para uma maior incerteza nas estimativas da população empregada.

Leia Também: Taxa de desemprego recua em agosto na zona euro e na UE

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