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Ativo total da banca portuguesa aumenta 1,7% no 2.º trimestre

O ativo total do sistema bancário português aumentou 1,7% no final do segundo trimestre deste ano face ao trimestre anterior, informou hoje o Banco de Portugal (BdP).

Ativo total da banca portuguesa aumenta 1,7% no 2.º trimestre
Notícias ao Minuto

14:14 - 29/09/22 por Lusa

Economia Banco de Portugal

De acordo com o último relatório do BdP sobre o sistema bancário português, relativo ao segundo trimestre de 2022, os empréstimos a clientes e as disponibilidades em bancos centrais contribuíram para este aumento do ativo total em 0,68 pontos percentuais e 0,63 pontos percentuais, respetivamente.

Já o rácio de transformação diminuiu 0,9 pontos percentuais, para 79,2%, em resultado de um aumento de 2,2% dos depósitos de clientes, atenuado pela subida de 1,2% dos empréstimos a clientes.

No segundo trimestre, o peso do financiamento obtido junto de bancos centrais diminuiu 0,3 pontos percentuais, passando a representar 8,9% do ativo, e o rácio de cobertura de liquidez (LCR) cifrou-se em 262%, estabilizando face a março.

Segundo o BdP, "o aumento dos ativos de elevada liquidez foi compensado pelo aumento das saídas de liquidez".

Ao nível da solvabilidade, no segundo trimestre de 2022, os rácios de fundos próprios totais e de fundos próprios principais de nível 1 (CET 1) estabilizaram em 17,5% e 15,0%, respetivamente.

"Em ambos os casos, o ligeiro aumento dos fundos próprios compensou o aumento do montante total das exposições em risco", explica o BdP.

O ponderador médio de risco diminuiu 0,5 pontos percentuais, para 43,0%, "em resultado do aumento da importância relativa das componentes de menor risco", e o rácio de alavancagem diminuiu 0,1 pontos percentuais face ao trimestre anterior, para 6,6%.

No que se refere à qualidade dos ativos - e tal como já havia avançado na terça-feira o governador do BdP, Mário Centeno - o rácio de crédito malparado da banca portuguesa diminuiu para 3,4% no segundo trimestre, menos 0,2 pontos percentuais do que no final do primeiro trimestre e 0,9 pontos percentuais abaixo do trimestre homólogo, "refletindo a diminuição dos NPL (-4,0%) e o aumento dos empréstimos produtivos (+1,8%).

Em junho, o rácio de NPL líquido de imparidades situava-se em 1,6% (1,7% em março de 2022 e 1,9% em junho de 2021).

Entre março e junho de 2022, o valor bruto do crédito malparado dos bancos portugueses recuou 473 milhões de euros, situando-se nos 11.421 milhões de euros no final do segundo trimestre deste ano.

Em termos homólogos, a diminuição do valor dos empréstimos não produtivos foi de 2.095 milhões de euros.

Líquidos de imparidades, os empréstimos não produtivos somaram 5.418 milhões de euros no final de junho, abaixo dos 5.553 milhões de euros de março e dos 6.031 milhões de euros homólogos.

Segundo o BdP, os rácios de NPL brutos das empresas (sociedades não financeiras - SNF) e dos particulares cifraram-se em 7,6% (-0,4 pontos percentuais) e 2,6% (-0,1 pontos percentuais), respetivamente.

"A diminuição dos NPL teve um contributo superior ao aumento dos empréstimos produtivos na redução de ambos os rácios", detalha.

O rácio de cobertura dos NPL por imparidades diminuiu 0,8 pontos percentuais face ao trimestre anterior, para 52,6%, refletindo "uma diminuição das imparidades acumuladas superior à dos NPL".

Nas empresas registou-se uma diminuição de 0,9 pontos percentuais, para 53,1%, enquanto nos particulares o rácio de cobertura recuou 0,7 pontos percentuais para 51,9%, diminuindo para 64,0% (-1,8 pontos percentuais) no segmento de consumo e outros fins, mas aumentando para 34,6% (+0,5 pontos percentuais) no de habitação.

O rácio de empréstimos em 'stage 2' (com um aumento significativo do risco de crédito) cifrou-se em 10,5% (-0,7 pontos percentuais), diminuindo 1,7 pontos percentuais e 0,1 pontos percentuais, para 16,4% e 8,1%, nos segmentos de SNF e particulares, respetivamente.

De acordo com o BdP, no primeiro semestre de 2022, a rendibilidade do ativo (ROA) da banca portuguesa (índice que representa a capacidade de gerar lucro com os ativos detidos) e a rendibilidade do capital próprio (ROE) aumentaram face ao primeiro semestre de 2021, situando-se em 0,71% (+0,26 pontos percentuais) e 8,8% (+3,7 pontos percentuais), respetivamente.

Segundo o banco central, "a evolução do ROA refletiu a diminuição das provisões e imparidades (contributo de +0,27 pontos percentuais) e, em menor grau, o aumento da margem financeira (contributo de +0,15 pontos percentuais)".

O custo do risco de crédito diminuiu 0,17 pontos percentuais face ao período homólogo, para 0,17%, e o rácio 'cost-to-income' desceu 1,6 pontos percentuais, situando-se em 51,6%, "refletindo um aumento do produto bancário (contributo de -4,0 pontos percentuais) que superou o dos custos operacionais (contributo de +2,4 pontos percentuais)".

Leia Também: Rácio de malparado da banca portuguesa recua para 3,4% no 1.º semestre

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