Este é o quinto aumento desde março e a taxa dos fundos federais fica agora entre 3% e 3,25%, o nível mais alto dos últimos 14 anos.
O banco central norte-americano indicou em comunicado, após uma reunião de dois dias, que "antecipa que outros aumentos adicionais serão necessários em 2022" face a uma inflação que tem continuado elevada e se revela persistente.
Nas novas previsões que divulgou, a Fed indicou que prevê agora um crescimento económico quase nulo em 2022 (+0,2%) quando em junho antecipava 1,7%.
Em relação à inflação, o banco central espera que fique em 5,4% este ano, ligeiramente acima da previsão anterior, que era de 5,2%.
Esta terceira subida consecutiva de 75 pontos surge dias após ter sido anunciado que em agosto a inflação nos Estados Unidos ficou acima do previsto, com o índice de preço CPI a avançar 8,3% em termos homólogos.
Em março, a Fed começou por anunciar uma subida de 25 pontos base, em maio houve um aumento de 50 pontos base e nas reuniões de junho e julho as subidas foram de 75 pontos base.
Esta subida da taxa de referência leva a um aumento dos juros dos créditos a particulares e empresas, com o objetivo de abrandar a atividade económica e aliviar a pressão sobre os preços.
Em relação às previsões para 2023, a Fed antecipa um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,2% (contra 1,7% nas anteriores previsões, em junho) e prevê que a inflação recue para 2,8% no próximo ano (contra 2,6% anteriormente).
Em relação à taxa de desemprego, que está em 3,7%, deverá aumentar ligeiramente sob o efeito da subida das taxas de juro para 3,8% em 2022 (3,7% nas previsões de junho), antes de atingir 4,4% em 2023 (contra 3,9% em junho).
[Notícia atualizada às 20h02]
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