Governo bate-se por cautelar... mas mais suave
Segundo relata esta segunda-feira o Diário Económico, o Governo português terá requerido a Bruxelas um programa cautelar suave para período pós-troika, justificando o seu pedido com os indicadores positivos que a economia portuguesa tem vindo a verificar nos últimos meses.
© Reuters
Economia Pós-troika
O Executivo liderado por Pedro Passos Coelho terá pedido, segundo relata o Diário Económico, um programa cautelar mais suave do que inicialmente previsto, isto numa altura em que subsistem fortes dúvidas relativamente a qual seria a melhor opção para a economia portuguesa.
De acordo com esta publicação, existem também dentro do Governo várias vozes dissonantes relativamente à melhor forma de abordar o período após a saída da troika, sendo que Paulo Portas será a favor de uma saída limpa e a ministra das Finanças, Maria Luísa Albuquerque, contra esta opção, preferindo um programa cautelar que assegure o financiamento da República da Portuguesa.
Porém, como referido na notícia avançada pelo Diário Económico, a recuperação económica verificada nos últimos meses a nível interno tem permitido ao Governo luso alguma margem de manobra junto de Bruxelas, sendo que, todavia, dentro dos responsáveis da zona euro existem vozes, nomeadamente por parte da Áustria e da Finlândia, que se opõem fortemente à continuidade de um apoio europeu.
Neste sentido, o elevado endividamento externo e dívida pública mantêm uma forte possibilidade de que Portugal não beneficie de condições mais suaves no período após a saída da troika.
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