Medidas de austeridade na TAP estão "descredibilizadas e desprovidas de moral"

O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) definiu, esta terça-feira, como "completamente descredibilizadas e desprovidas de moral" as medidas de austeridade na TAP, no dia em que os trabalhadores da empresa souberam que vão ter cortes salariais em 2013.

Medidas de austeridade na TAP estão "descredibilizadas e desprovidas de moral"

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Lusa
13/11/2012 19:32 ‧ 13/11/2012 por Lusa

Economia

Sindicatos

"Todo o dinheiro que tem sido retirado aos trabalhadores da TAP ao abrigo das políticas de austeridade não pode ser encaminhado para o Orçamento de Estado e serve, exclusivamente, para continuar a alimentar as opções ruinosas da Administração da empresa, as quais estão reflectidas nos sucessivos prejuízos que se têm registado ao longo dos anos", acusa o SPAC em comunicado hoje divulgado.

Os trabalhadores da CGD e da TAP vão ficar sujeitos aos cortes salariais da função pública em 2013 devido a uma alteração prevista na proposta de Orçamento para o próximo ano que acaba com o regime de excepção em vigor.

"Os regimes de adaptações referidos não se aplicam em 2013", disse à Lusa fonte oficial do Ministério das Finanças em relação à alteração feita à norma que permitia que os trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e da TAP não ficassem sujeitos ao corte médio de 5% para todos os trabalhadores da função pública e empresas maioritariamente públicas com salários brutos acima dos 1.500 euros.

Para o sindicato dos pilotos, a TAP "beneficiou" em 2011 de "cerca de 20 milhões de euros em vencimentos não pagos ao abrigo" de medidas da austeridade.

"Pedia-se, no mínimo, que este valor viesse reflectido em resultados positivos no final do ano nas contas do grupo. Ao contrário, a empresa apresenta 72 milhões de euros de prejuízo. Ou seja, além de o Governo não escrutinar as políticas da Comissão Executiva da TAP, ainda as subsidia com o que retira em salário aos trabalhadores ao abrigo da austeridade", diz o sindicato.

Se o Governo pretende impor medidas iguais "sem distinguir as especificidades" das empresas que do sector empresarial do Estado e "também não reconhece à TAP o ambiente concorrencial em que se insere", então, nota o SPAC, "também terá de eliminar o carácter de excepção existente no estatuto de gestor público aplicado à TAP e fazer equivaler o salário dos gestores ao salário do primeiro-ministro".

"Não houve nenhuma alteração substancial no ambiente concorrencial em que a TAP se insere, a menos que o facto de existir apenas um candidato à privatização tenha feito o Governo mudar de opinião", aponta o texto.

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