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AICCOPN defende medidas para "maior mobilidade transnacional"

O presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) defende, em declarações à Lusa, medidas que permitem promover "uma maior mobilidade transnacional dos trabalhadores", uma vez que falta cerca de "80 mil" no setor.

AICCOPN defende medidas para "maior mobilidade transnacional"
Notícias ao Minuto

09:52 - 28/08/22 por Lusa

Casa Construção Civil

"Efetivamente, a falta de mão de obra é um dos principais constrangimentos operacionais apontados pelas empresas do setor", salienta Manuel Reis Campos, recordando que, nesse sentido, a associação tem "defendido medidas que permitem, precisamente, promover uma maior mobilidade transnacional dos trabalhadores, tendo presente a expressiva presença do setor" nos mercados externos.

"Estamos a falar da criação de mecanismos que permitam às empresas fazer uma gestão mais dinâmica e eficiente dos seus recursos humanos e estamos a aguardar a publicação da alteração da nova legislação relativa aos vistos, a qual se espera poder dar um contributo positivo para a resolução dos problemas que temos identificado", sublinha o presidente da AICCOPN.

O responsável salienta que Portugal "dispõe de capacidade instalada ao nível do sistema de formação profissional, designadamente através dos centros de excelência do setor, o CICCOPN [Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Norte] e o CENFIC [Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Sul], que permitem criar processos de atração e qualificação de profissionais" oriundos de países onde já têm uma presença muito expressiva, como é o caso dos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), permitindo "responder às necessidades atuais e futuras das empresas".

Aliás, a disponibilidade de recursos humanos "é essencial, já que temos necessidades de mão de obra para o desenvolvimento da atividade, não apenas no nosso país, mas também à escala europeia, uma vez que a generalidade dos países está a apostar no setor da construção enquanto elemento central das suas estratégias de recuperação económica, pelo que o alinhamento da formação profissional com as efetivas necessidades do tecido empresarial é essencial", sublinha.

Atualmente, "está identificada a falta de cerca de 80 mil trabalhadores no setor", refere Manuel Reis Campos, quando questionado sobre o tema.

"Veja-se que, de acordo com os dados do IEFP [Instituto de Emprego e Formação Profissional]", no final do primeiro semestre "estava registado um total nacional de 255.138 desempregados inscritos nos centros de emprego, dos quais 25.240 eram oriundos do setor, números que demonstram bem o atual desajustamento que se verifica ao nível da procura e da oferta de trabalho", remata.

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