Os resultados definitivos indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average avançou 0,08%, enquanto os outros índices emblemáticos recuaram, com o tecnológico Nasdaq a perder 0,58% e o alargado S&P500 a baixar 0,07%.
Depois do forte desempenho da véspera, assente na descida da velocidade de crescimento dos preços nos EUA, os investidores fizeram "tomadas de ganhos", estimou Peter Cardillo, da Spartan Capital.
A mesma leitura em Patrick O'Hare, da Briefing.com, que considerou que os investidores tinham escolhido "fazer uma pausa depois de todos os ganhos da véspera".
Em declarações à AFP, O'Hare disse que, "depois de os mercados terem sido estimulados pelas manchetes" de uma inflação anual em recuo nos EUA, para 8,5% em julho, depois dos 9,1% de junho, "a realidade regressou à frente do palco, mostrando que a subida dos preços continua muito consequente".
Os dois analistas apontaram que os rendimentos das obrigações tinham voltado a subir, o que, em geral, se faz em prejuízo das ações.
Os rendimentos proporcionados pela dívida pública dos EUA a 10 anos subiram de 2,78% para 2,88%.
"Em todo o caso, não acredito que o mercado sofra uma inversão de tendência. Não penso que a subida tenha acabado", disse Cardillo.
Os indicadores do dia foram mitigados.
O índice dos preços grossistas (PPI) baixou 0,5% em julho, em termos mensais, mais do que esperado, depois de ter subido 1,0% em junho. Em termos anuais, a subida destes preços moderou-se, apesar de se manter elevada, de 11,3% de junho para 9,8% agora.
Já no mercado de trabalho, aumentaram os pedidos de subsídio de desemprego, mantendo a tendência altista, e atingiram o nível mais elevado desde novembro, com uma subida de 14 mil para para 262 mil, o que mostra que o mercado de trabalho começa a arrefecer.
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