Gás nos edifícios. "Portugal está a avaliar um conjunto de medidas"
Corte de 15% do consumo de gás na União Europeia vai mesmo avançar, mas Portugal seguirá com regras mais brandas.
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Economia Gás
O secretário de Estado da Energia e do Ambiente, João Galamba, referiu na quarta-feira que Portugal está a avaliar um conjunto de medidas relativamente ao gás nos edifícios, numa altura em que a União Europeia (UE) se prepara para o corte do consumo de 15% - sendo que, por cá, deverá ficar pelos 7%.
Em relação ao consumo de gás nos edifícios - embora o grosso do consumo seja elétrico e indústria - "Portugal está a avaliar um conjunto de medidas, mas também a preparar campanhas de esclarecimento à população", disse o secretário de Estado, na quarta-feira à noite, em declarações à RTP3.
"Portugal já cortou cerca de 23% do seu consumo de gás para consumos não elétricos, ou seja, excluindo a produção de eletricidade", começou por afirmar, recordando que a "destruição de procura" ficou a dever-se ao preço.
Galamba adiantou que a proposta inicial [de 15%] era "inaceitável para Portugal" e que a estratégia foi reajustar. "Foram reconhecidas um conjunto de especificidades portuguesas que tornaram esta proposta viável", disse.
O secretário de Estado admite que "existe um risco de impactos sobre a indústria", no qual o Governo está a trabalhar. Espera-se ainda, contou, um alívio no setor do gás com a chegada do inverno, aceleração das renováveis e melhorias da condição de seca.
Galamba avançou que a reabertura da central a carvão foi avaliada com a REN, mas, devido às "enormes pressões sobre o mercado de carvão, questões logísticas e o preço historicamente alto, a hipótese foi colocada de parte".
Em entrevista, recordou ainda que o Governo tem intenção de criar uma reserva estratégica, aumentando a capacidade de armazenamento de gás. "Há já seis cavernas de sal no Carriço e o nosso objetivo é criar mais três".
"Portugal vai ter uma aplicação parcial do regulamento"
O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, sublinhou, esta terça-feira, que o acordo para a redução do gás na União Europeia (UE) é uma resposta "solidária e unida" dos Estados-membros, acrescentando que Portugal vai aplicar o regulamento de forma parcial.
"Portugal vai ter uma aplicação parcial deste regulamento", disse o ministro do Ambiente, depois de uma reunião com os seus congéneres, em Bruxelas, em declarações aos jornalistas, garantindo que o "sistema elétrico nacional está salvaguardado".
[Notícia atualizada às 09h59 do dia 28 de julho de 2022.]
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