Berlim resgata companhia de gás alemã Uniper

O chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou hoje um pacote para resgatar a companhia de gás alemã Uniper, uma subsidiária da Fortum da Finlândia e que tem problemas de liquidez devido à redução do fornecimento de gás russo.

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Lusa
22/07/2022 12:27 ‧ 22/07/2022 por Lusa

Economia

Uniper

 

O pacote de resgate prevê que o Estado alemão fique com 30% da empresa, segundo o acordo alcançado, que Scholz apresentou numa conferência de imprensa anunciada no último minuto e depois do regresso do chanceler a Berlim e de ter interrompido as férias.

Entre outras medidas de estabilização, o chanceler anunciou também que a linha de crédito da Uniper no Banco de Desenvolvimento Alemão (KfW) será aumentada de 2.000 milhões de euros para 9.000 milhões de euros.

O instrumento das obrigações contingentes convertíveis - que no final do prazo são automaticamente convertidas em ações - será também utilizado, o que, segundo Scholz, significaria uma injeção de "capital híbrido" para a empresa no valor de 7.700 milhões de euros.

As negociações do resgate entre o Governo alemão, a Fortum e o Governo finlandês arrastaram-se durante várias semanas, e de acordo com os meios de comunicação social alemães Berlim estava a pressionar para um apoio adicional de Helsínquia.

A Uniper é detida maioritariamente pela finlandesa Fortum, empresa na qual o Governo finlandês tem uma participação maioritária.

Como o chanceler salientou hoje, o Estado alemão comprará as ações da Uniper por um valor nominal de 1,70 euros, apesar das mesmas se negociarem a mais de dez euros na bolsa, e salientou que a Fortum também está a dar uma "contribuição".

Todas estas medidas ajudarão a "estabilizar" a empresa, que segundo Scholz é de "importância crucial" para o fornecimento de gás aos cidadãos e empresas na Alemanha.

O chanceler recordou que as dificuldades financeiras da empresa, o principal cliente estrangeiro da russa Gazprom, têm a sua origem no corte do abastecimento de gás por Moscovo.

Isto obrigou a Uniper a comprar a outros fornecedores a preços muito mais elevados a fim de cumprir os seus contratos com os seus clientes, aos quais não pode, no entanto, transmitir os novos custos, o que lhe causou "grandes dificuldades".

Scholz salientou, contudo, que o seu lema é que os problemas resultantes da crise energética serão tratados "conjuntamente" e que nenhum cidadão ou empresa será obrigado a lidar com as dificuldades por si só.

"Somos suficientemente fortes para o conseguir", disse ele, acrescentando que o seu Governo "fará o que for necessário" para atingir este objetivo.

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