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Sudão do Sul. AfDB aprova concessão de 8 milhões para produção alimentar

O Banco Africano de Desenvolvimento (AfDB) aprovou a concessão de 8,1 mil milhões de dólares (8,03 mil milhões de euros) ao Sudão do Sul para financiar o seu Programa de Produção Alimentar de Emergência, anunciou hoje a União Africana.

Sudão do Sul. AfDB aprova concessão de 8 milhões para produção alimentar
Notícias ao Minuto

14:54 - 17/07/22 por Lusa

Economia Sudão do Sul

Segundo a nota da União Africana (UA), a concessão do dinheiro, que foi aprovada na sexta-feira, será feita através do 'Transition Support Facility' -- mecanismo do AfDB destinado a financiar países em situação de fragilidade - e é um financiamento adicional.

Este financiamento "faz parte da extensão do Projeto de Desenvolvimento de Mercados, de Criação de Valor Acrescentado e Comércio no Setor Agrícola (AMVAT), que o Banco está a financiar em mais de 10 milhões de dólares, explicou Nnena Nwabufo, diretora-geral do Banco para a África Oriental.

"O AMVAT está a ir muito bem, mas aqui, trata-se de responder a uma situação de emergência", declarou Nnena Nwabufo.

Agravada pelos riscos climáticos, a ameaça de uma crise alimentar de longa data paira sobre o Sudão do Sul, que não tem autossuficiência alimentar desde 2009.

Cerca de 8,9 milhões de pessoas (mais de 70% da população - sudaneses, incluindo 4,6 milhões de crianças) recebeu ajuda humanitária em 2022, 600.000 a mais do que em 2021, segundo o Programa Alimentar Mundial (PAM).

Mas, esta ameaça de crise alimentar nunca foi tão forte como hoje, devido aos efeitos da guerra na Ucrânia.

O primeiro projeto do Programa de Produção de Alimentos de Emergência visa cerca de 600.000 das pessoas mais vulneráveis, em cinco estados do país que recentemente sofreram graves inundações, causando centenas de milhares de famílias afetadas e grandes perdas em colheitas e gado.

A prioridade é dada àqueles que receberam ajuda alimentar nos últimos anos -- metade são mulheres.

Os objetivos do projeto é impulsionar a produção e produtividade agrícola nos cinco estados, com foco no uso de sementes melhoradas, fertilizantes e serviços de extensão dedicados aos agricultores, além de fortalecer as capacidades institucionais do setor agrícola.

Em termos concretos, 498 milhões de toneladas de sementes de sorgo, tanto feijão-frade e 10 milhões de toneladas de sementes de arroz serão distribuídas aos agricultores. Estes também receberão 30 milhões de toneladas de fertilizantes.

"Para garantir a eficácia destas medidas, o projeto inclui a formação de milhares de agricultores, quase metade dos quais são mulheres, sobre boas práticas agrícolas e a correta utilização e dosagem de fertilizantes", afirmou Themba Bhebe, diretor do Banco Africano de Desenvolvimento para o Sudão do Sul.

A conclusão do projeto deve levar a um aumento sustentável da produção e produtividade agrícola do país, combinado com o aumento da renda e, portanto, uma melhor qualidade de vida para os agricultores. Também ajudará a disseminar boas práticas agrícolas inteligentes em termos climáticos e fortalecer a segurança alimentar do país.

A fim de garantir a continuidade das operações em curso, respondendo à urgência da situação, a execução do primeiro projeto do Programa de Produção Alimentar de Emergência foi confiada à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), já responsável pelo Projeto de Desenvolvimento de Mercados, de Criação de Valor Acrescentado e Comércio no Setor Agrícola.

Na sua luta contra a insegurança alimentar em África, agravada pela guerra na Ucrânia, que provocou um aumento global dos preços dos alimentos, o Banco Africano de Desenvolvimento lançou em 20 de maio de 2022, o Mecanismo Africano de Produção de Alimentos de Emergência, dotado de 1,5 mil milhão de dólares (1,48 mil milhões de euros).

O objetivo é fornecer sementes (trigo, arroz, milho e soja) e fertilizantes de qualidade a cerca de 20 milhões de produtores em toda a África, além de prestar-lhes diversos serviços de suporte técnico.

O propósito é produzir mais 38 milhões de toneladas de alimentos em África nos próximos dois anos, no valor de 12 mil milhões de dólares (11,8 mil milhões de euros).

Leia Também: Confrontos intercomunitários fazem pelo menos 235 mortos no Sudão do Sul

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