Os resultados definitivos indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average valorizou 0,23%, para os 31.037,68 pontos, o tecnológico Nasdaq progrediu 0,35%, para as 11.361,85 unidades, e o alargado S&P500 ganhou 0,36%, para as 3.845,08.
As cotações, que evoluíram ao longo do dia em um intervalo de variação estreito, "passaram de negativas para positivas no momento em que as minutas foram publicadas", destacou Jack Ablin, da Cresset Capital, a propósito da ata da reunião do comité de política monetária (FOMC, na sigla em Inglês) da Fed.
"A Fed aproveitou a reunião de junho para afastar todas as dúvidas sobre a vontade de fazer o necessário para estabilizar os preços", comentou Jamie Cox, do Harris Financiel Group.
Na ata, os membros do FOMC consideraram "apropriado" proceder a novas subidas da taxa de juro de referência, depois da de junho, e aceitaram a ideia de que o ciclo de endurecimento monetário deveria afetar o mercado laboral.
O banco central norte-americano "manteve uma linha dura e os investidores gostam disso", adiantou Peter Cardillo, da Spartan Capital.
Se a subida das taxas é, com frequência, desfavorável aos mercados acionistas, em particular ao ritmo atual, porém o controlo da inflação motiva o apoio de Wall Street.
O mercado acionista também repercutiu o tom decidido da Fed e as rachas regressaram à subida, depois da queda brutal dos +últimos dias.
O rendimento da dívida pública dos EUA a 10 anos subir para 2,92%, depois dos 2,81% da véspera. Valor este inferior ao dos títulos da dívida pública a dois anos (2,97%), fenómeno designado de 'inversão da curva de rendimentos', que é considerado como anunciador de recessão.
Quando os investidores admitiam cada vez mais que a Fed ia diminuir o nível das suas subidas de taxas depois da reunião de julho, para considerar a desaceleração da economia, hoje foi dia de recalibrar a perspetiva.
A probabilidade de uma subida dupla de 0,75 pontos percentuais em julho e setembro voltou assim a aumentar, segundo os operadores bolsistas.
Leia Também: Cotação do Brent prossegue queda com medo da recessão mas resiste