A DECO Proteste e a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) pediram, esta sexta-feira, o adiamento da cobrança da contribuição sobre as embalagens de plástico de utilização única, que entra hoje em vigor.
As associações justificam este adiamento com "a situação económica atual e o peso crescente das despesas na carteira dos consumidores", segundo um comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
Além disso, mostram-se preocupadas "com os critérios de aplicação desta contribuição, desde logo por não considerarem a quantidade e tipo de plástico incorporado no produto, mas também, e fundamentalmente, pela inexequibilidade de aplicação da medida em várias atividades económicas", de acordo com a mesma nota.
No comunicado conjunto, as duas organizações lembram que "a contribuição, que terá de ser suportada pelos consumidores, será cobrada às embalagens de utilização única para alimentos e bebidas, fabricadas total ou parcialmente a partir de plástico ou multimaterial com plástico, que sejam adquiridas para refeições prontas a consumir nos regimes de take-away, drive-in e delivery".
As embalagens de plástico de uso único para refeições prontas a consumir estão a partir de hoje sujeitas a uma taxa de 30 cêntimos, uma medida que tinha sido anunciada para janeiro e adiada devido à pandemia de Covid-19.
A medida destina-se a fomentar a introdução de sistemas de embalagens reutilizáveis na restauração e promover a redução de embalagens de utilização única.
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