Carlos Albino (PS) falava à agência Lusa na sequência do anúncio do Governo de avançar com a construção do aeroporto do Montijo, complementar ao aeroporto Humberto Delgado (Lisboa), até à concretização do aeroporto em Alcochete, que aponta para 2035.
"A posição da Moita é reconhecer a importância que uma infraestrutura aeroportuária desta dimensão tem para a nossa região e para o país. Sabemos que terá impacto económico e a criação de emprego importante para a região", referiu.
Contudo, o autarca do distrito de Setúbal adianta que "importa não esquecer que terá de haver um estudo de impacto ambiental estratégico, que irá dar as condicionantes que a solução tem do ponto de vista ambiental".
Só depois de conhecido este estudo é que a autarquia poderá ter uma opinião mais fundamentada, acrescentou.
"Se o estudo for favorável, iremos verificar o que é que o Governo apresenta para mitigar os impactos negativos para que concelho da Moita possa ser beneficiado relativamente aos constrangimentos especiais", disse.
O Governo tem uma nova solução aeroportuária para Lisboa, que passa pela construção, até 2026, de um novo aeroporto no Montijo, e por encerrar o aeroporto Humberto Delgado, quando estiver concluído o de Alcochete.
O plano passa por acelerar a construção do aeroporto do Montijo, uma solução para responder ao aumento da procura em Lisboa, complementar ao aeroporto Humberto Delgado, até à concretização do aeroporto em Alcochete, apontada para 2035, segundo o Ministério das Infraestruturas.
O Governo atribuiu ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil a elaboração do Plano de Ampliação da Capacidade Aeroportuária da Região de Lisboa e respetiva avaliação ambiental estratégica, o estudo da construção do aeroporto do Montijo, enquanto infraestrutura de transição, e do novo aeroporto 'stand alone' (único) no Campo de Tiro de Alcochete.
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