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Wall Street. Baixa da confiança dos consumidores provoca fecho negativo

A falta de confiança dos consumidores norte-americanos acabou por levar a praça nova-iorquina a encerrar em baixa, depois de ter iniciado o dia em alta, prosseguindo a tendência da semana passada.

Wall Street. Baixa da confiança dos consumidores provoca fecho negativo
Notícias ao Minuto

23:32 - 28/06/22 por Lusa

Economia Wall Street

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 1,56%, para os 30.946,99 pontos, o tecnológico Nasdaq caiu 2,98%, para as 11.181,54 unidades, e o alargado S&P500 perdeu 2,01%, para as 3.821,55.

E, contudo, o dia tinha começado bem para os investidores, com as notícias vindas da China relativas à política de tolerância zero face ao novo coronavírus.

Com efeito, Pequim anunciou que ir reduzir para metade a duração das quarentenas para os viajantes chegados à China, na que é "a maior mudança até hoje na sua política de luta contra a pandemia, que isolou o país e causou preocupações económicas", congratulou-se Art Hogan, da National Securities.

Mas este bálsamo para os investidores, que antecipavam uma recuperação da procura, desapareceu pouco depois da divulgação do índice de confiança dos consumidores nos EUA, publicado pela Conference Board.

Este degradou-se em junho mais do que previsto, caindo para o nível mais baixo desde fevereiro de 2021.

Ao baixar para 98,7 pontos, o índice recuou 4,5 pontos em relação a maio de dececionou os analistas, que esperavam 101 pontos.

A apreciação da conjuntura futura, baseada nas expectativas dos consumidores em termos de rendimentos e mercado de trabalho, deteriorou-se outra vezes, baixando 7,3 pontos para o seu nível mais baixo desde março de 2013, nos 66,4.

"Que a confiança baixe, é normal, com o que se passa com a inflação, mas não é necessariamente mau que a economia arrefeça, uma vez que a subida dos preços deve diminuir e levar a Fed [Reserva Federal] a ser menos agressiva", comentou Gregori Volokhine, da Meeschaert Financial Services.

"Mas, o que é mais inquietante é as expectativas de inflação dos norte-americanos serem de oito por cento a 12 meses, o que mostra que não confiam na política da Fed", prosseguiu Volokhine.

"Com esta falta de confiança na política do banco central" para jugular a inflação, "os norte-americanos, que são os investidores, não vão investir agora no mercado" bolsista, acrescentou.

Para Craig Erlam, analista na Oanda, a leitura do índice de confiança foi "um golpe duro" para os investidores.

"A baixa importante da componente das expectativas não augura nada de bom sobre a resiliência das despesas", quando o consumo é de longe a locomotiva da economia dos EUA, sublinhou.

Destacou "zonas de fraqueza que aparecem na economia, como o mercado imobiliário, e talvez em breve as despesas de consumo". A confirmar-se, "seria um revés massivo e potencialmente o sinal mais forte até agora de que os EUA se encaminham para uma recessão", interpretou Erlam.

Entretanto, o presidente do banco da Fed em Nova Iorque, John Williams, voltou a assegurar hoje que a primeira economia mundial deve conseguir evitar uma recessão.

"Uma recessão não é atualmente o meu cenário de base", declarou na estação televisiva CNBC. "Penso que a economia est+a forte", acrescentou.

Leia Também: Wall Street negoceia mista no início da sessão

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