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Sucesso do euro digital não deve ser tomado como garantido

O sucesso da moeda digital do banco central não deve ser tomado como garantido, disse hoje Fabio Panetta, responsável do Banco Central Europeu (BCE), numa intervenção no Fórum BCE, em Sintra.

Sucesso do euro digital não deve ser tomado como garantido
Notícias ao Minuto

12:58 - 28/06/22 por Lusa

Economia BCE

Num painel sobre moedas digitais dos bancos centrais e o projeto do euro digital, Fabio Panetta, membro do Conselho Executivo do BCE, salientou que os bancos centrais estão simplesmente a responder à evolução das necessidades da sociedade ao trabalharem em projetos de moedas digitais.

"O aumento dos pagamentos digitais mostra que a procura das pessoas por meios de pagamento está a adaptar-se rapidamente à era digital", disse.

O responsável do BCE assinalou que para um banco central, nomeadamente para o BCE, a razão mais convincente para emitir CBDC (moeda digital do banco central, na sigla em inglês) é garantir que o dinheiro do banco central continua "amplamente acessível na era digital", preservando o seu papel de âncora.

Fabio Panetta acrescentou que o debate também se centra na necessidade de melhorar a eficiência e a segurança dos pagamentos, garantir a estabilidade financeira, melhorar a inclusão financeira e abordar os riscos da adoção em larga escala de moedas privadas ou estrangeiras.

"Mas mesmo que alcancemos esses objetivos, não podemos dar como certo o sucesso das CBDC", vincou, acrescentou que, "para ser um sucesso, o CBDC deve responder às necessidades das pessoas nas suas vidas diárias, oferecendo um meio de pagamento digital eficiente, fácil de usar, barato".

O BCE está atualmente, e desde outubro de 2021, a investigar as possíveis características de um euro digital, estando previsto o fim desta fase do processo em outubro de 2023.

A instituição está nomeadamente a analisar como um euro digital poderia ser concebido e distribuído a retalhistas e ao público, bem como o impacto que teria no mercado e as alterações à legislação europeia eventualmente necessárias.

"Uma vez concluída a fase de investigação, decidiremos se daremos início, ou não, ao desenvolvimento de um euro digital", explicou na altura o banco central.

O BCE voltou a realizar em Sintra, no distrito de Lisboa, o seu fórum anual, este ano dedicado aos desafios para a política monetária num mundo em rápida mudança.

Após dois anos realizada por meios telemáticos devido à pandemia, a 'cimeira' de três dias regressa a Sintra de forma presencial, conforme anos anteriores.

O tema deste ano foi alterado para refletir os recentes desenvolvimentos globais e a 'cimeira' está a debater os desafios que a economia da zona euro enfrenta atualmente.

Leia Também: Inflação? "Iremos tão longe quanto necessário" para a estabilizar

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