PR chinês pede melhor regulação e apoios à tecnologia financeira
O presidente chinês, Xi Jinping, pediu hoje uma melhor regulação da tecnologia financeira ('fintech'), mas insistiu no "apoio" de Pequim à economia digital, depois de uma campanha regulatória que abalou o setor.
© Reuters
Economia Fintech
Os gigantes chineses do setor tecnológico estão sob pressão das autoridades desde o ano passado, tendo sido sujeitos a pesadas multas e limitação da atividade, sobretudo por práticas monopolistas e questões de segurança dos dados pessoais.
O Ant Group, subsidiária de pagamentos e serviços financeiros do grupo Alibaba, foi o primeiro a sofrer, com as autoridades a suspender a sua entrada em bolsa, no final de 2020.
Desde então, a campanha regulatória fez com que o setor perdesse milhares de milhões de dólares em capitalização de mercado.
Xi Jinping pediu hoje "regulamentos aperfeiçoados" para as plataformas de pagamentos e serviços financeiros, informou a agência noticiosa oficial Xinhua.
Estas medidas devem ser tomadas para "evitar" riscos para o sistema financeiro, enfatizou Xi, durante uma reunião com os principais líderes da China.
A grande maioria dos pagamentos diários na China são feitos através de aplicações móveis dos grupos Tencent e Ant Group, um método que suplantou os cartões bancários e o dinheiro físico.
As empresas digitais devem, no entanto, ser "apoiadas", insistiu Xi Jinping.
Nas últimas semanas, os mercados foram estimulados por diversos sinais das autoridades, percebidos como positivos para os gigantes tecnológicos.
Em abril, o Governo chinês assinalou o seu apoio à economia digital e recebeu vários líderes do setor.
As autoridades também concederam novas licenças para jogos de computador, no início de junho, após uma suspensão de vários meses, num alívio para o setor, que foi fortemente penalizado por restrições ao tempo que os menores podem passar a jogar.
Segundo o jornal Wall Street Journal, os reguladores também se preparam para pôr fim aos processos contra o Didi, o equivalente ao Uber na China.
A empresa é alvo desde o ano passado de uma investigação relacionada à administração de dados pessoais, que a obrigou a anunciar, em dezembro passado, a sua saída precipitada da Bolsa de Valores de Nova Iorque.
Ameaçada por uma desaceleração económica, Pequim também quer estimular o setor automóvel.
O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, disse na quarta-feira que está a considerar uma extensão dos subsídios para a compra de veículos elétricos, que estavam originalmente programados para terminar em 31 de dezembro de 2022.
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