Ucrânia/UE. CCP concorda com concessão de estatuto, mas pede "reflexão"

CCP defende que não devem ser dadas "falsas expetativas" aos países que agora querem aderir à UE.

João Vieira Lopes

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Carmen Guilherme
22/06/2022 12:01 ‧ 22/06/2022 por Carmen Guilherme

Economia

UE

Joao Vieira Lopes, presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), disse, esta quarta-feira, que a organização está de acordo com a posição do Governo em dar um “sinal político” positivo no que diz respeito à concessão à Ucrânia do estatuto de país candidato à União Europeia (UE), mas defende que é preciso “uma reflexão” e que não devem ser dadas “falsas expetativas”.

Esta posição foi conhecida em conferência de imprensa, depois de uma reunião entre os parceiros sociais e o Governo, incluindo o primeiro-ministro, António Costa.

Depois de dizer que a CCP está “de acordo” com “as posições que o Governo tem defendido”, João Vieira Lopes admite que há “algumas reservas no enquadramento”, tendo em conta “a complexidade de uma situação destas”.

“É positivo dar um sinal político, mas não tenhamos ilusões”, notou, referindo que que os alargamentos históricos da União Europeia “não têm tido em conta todas as vertentes” e há países “como Portugal que não têm sido sempre beneficiados e, inclusivamente, criaram-se situações em que não houve garantias suficientes”.

“Da nossa parte achamos que essa reflexão tem de ser feita e que de facto estes alargamentos não podem ser feitos criando falsas expetativas de facilidades aos países, independentemente de estarmos de acordo com o sinal político”, observou.

Recorde-se que já na sexta-feira passada, o primeiro-ministro recebeu todos os partidos com assento parlamentar a propósito do Conselho Europeu, que esta semana discute a concessão do estatuto de candidato à Ucrânia e à Moldova. No final, perante uma posição favorável “quase unânime” de todas as forças políticas, António Costa anunciou que Portugal irá acompanhar o parecer da Comissão Europeia para que seja concedido à Ucrânia e à Moldova o estatuto de países candidatos à União Europeia. 

Leia Também: Eurobarómetro indica que a guerra na Ucrânia "faz aumentar" apoio à UE

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