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Novo instrumento do BCE será acionado se 'spreads' subirem além de limite

O novo instrumento antifragmentação do BCE poderá ser acionado se os 'spreads' entre os juros da dívida dos países da zona euro subirem além de certos limites ou se excederem uma certa velocidade, noticiou hoje a Bloomberg.

Novo instrumento do BCE será acionado se 'spreads' subirem além de limite
Notícias ao Minuto

21:11 - 16/06/22 por Lusa

Economia BCE

A informação foi dada pela presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, aos ministros da Economia e das Finanças da zona euro, na reunião do Eurogrupo de hoje, segundo fontes ouvidas pela Bloomberg.

Christine Lagarde explicou aos ministros da zona euro que o instrumento anticrise irá entrar em ação se os custos de empréstimos para alguns países forem longe demais ou muito rápido, de acordo com fontes informadas sobre as discussões, que pediram para não serem identificadas.

A presidente do BCE explicou ainda, na reunião, que o novo mecanismo, que a instituição anunciou, na quarta-feira, a intenção de acelerar, se destina a impedir que movimentos irracionais do mercado pressionem individualmente os países do euro à medida que se avança na normalização da política monetária.

Lagarde detalhou que o instrumento pode ser acionado se os 'spreads' aumentarem além de certos limites ou se os movimentos do mercado excederem uma certa velocidade, não tendo especificado se esses limites seriam tornados públicos.

Na quarta-feira, o BCE anunciou, após uma reunião de emergência, que iria "acelerar" o projeto de um novo instrumento "antifragmentação" para impedir um afastamento muito grande entre as taxas de juro dos países do norte e os do sul na zona euro.

Ao mesmo tempo, prometeu "flexibilidade" na sua política monetária para acalmar a tensão no mercado de dívida.

O vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, afirmou hoje que a instituição está empenhada em evitar a fragmentação injustificada nos mercados de dívida, depois de países como Itália e Espanha verem os prémios de risco dispararem nos últimos dias.

"Estamos totalmente comprometidos em desenvolver, projetar e aplicar rapidamente um instrumento para lidar com a fragmentação injustificada", disse De Guindos durante uma conferência, em Milão.

O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, defendeu, na quarta-feira, que o novo instrumento antifragmentação que o BCE está a preparar é paralelo à normalização da política monetária, criando as condições para a sua concretização.

Mário Centeno escusou-se a detalhar as características do novo instrumento, uma vez que ainda está a ser desenvolvido, mas afirmou que pretende criar as condições adequadas para que a normalização da política monetária anunciada pelo BCE possa avançar.

O governador sublinhou que esta "não é uma alteração de trajetória", mas sim, pelo contrário, cria as condições para que a trajetória definida se possa materializar.

Já hoje o ministro português das Finanças, Fernando Medina, elogiou a "mensagem importante num momento importante" do BCE e rejeitou que as taxas de juro ascendam aos níveis registados "antes da grande mudança na política monetária europeia que Mario Draghi [anterior presidente do BCE] protagonizou e que, de facto, mudou o perfil da política monetária".

Leia Também: BCE está "comprometido" em evitar a fragmentação nos mercados de dívida

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