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Medina saúda "mensagem importante" do BCE sobre taxas de juro

O ministro das Finanças elogiou hoje a "mensagem importante num momento importante" do Banco Central Europeu (BCE), um dia após o anúncio sobre um novo instrumento anti-fragmentação das taxas de juro paralelo à normalização da política monetária.

Medina saúda "mensagem importante" do BCE sobre taxas de juro
Notícias ao Minuto

15:52 - 16/06/22 por Lusa

Economia Ministro das Finanças

"Foi uma mensagem importante num momento importante e esperamos que ela tenha esses efeitos e que medidas adicionais venham a produzir esse efeito, que é o de não permitir que as taxas se comecem a afastar muitos das outras, porque, aliás, isso comprometeria a própria eficácia da política monetária do BCE", declarou Fernando Medina.

Falando aos jornalistas portugueses à entrada para a reunião do Eurogrupo, no Luxemburgo, o governante rejeitou que as taxas de juro ascendam aos níveis registados "antes da grande mudança na política monetária europeia que Mario Draghi [anterior presidente do BCE] protagonizou e que, de facto, mudou o perfil da política monetária".

"São taxas feitas antes do longo caminho que a Europa já progrediu desde essa altura, que levou à criação do Mecanismo Europeu de Estabilidade, [...] à política do banco no Banco Central Europeu, aos instrumentos de compra de dívida do BCE", que são "ativos que hoje a União Europeia já tem no seu arsenal de dezenas de munições", elencou Fernando Medina.

Por isso, "o regresso a essas taxas é algo que não está no horizonte, nem seria hoje permitido pelo BCE", vincou, antes de a presidente do BCE, Christine Lagarde, informar os ministros das Finanças do euro sobre as últimas decisões de política monetária.

Na quarta-feira, o BCE anunciou que iria "acelerar" o projeto de um novo instrumento "anti-fragmentação" para impedir um afastamento muito grande entre as taxas de juro dos países do norte e os do sul na zona euro.

Ao mesmo tempo, o BCE prometeu "flexibilidade" na sua política monetária para acalmar a tensão no mercado de dívida, após uma reunião de emergência do Conselho de Governadores.

A tensão nos mercados aumentou particularmente depois de o BCE ter anunciado, na semana passada, que vai subir as taxas de juro em julho, a primeira subida em 11 anos, depois de ter concluído as compras líquidas de dívida pública e privada, o que levou a uma subida dos juros da dívida de alguns países, com a Itália a ser apontada como particularmente afetada.

"Creio hoje que todos percebem a credibilidade que Portugal tem [...] pelo facto de dar sinais muito fortes na redução da dívida", que é "importante para podermos lidar num momento em que as taxas estão a seguir o caminho da subida", adiantou Fernando Medina.

Nas declarações à imprensa, o ministro das Finanças foi ainda questionado sobre as previsões do Banco de Portugal (BdP) divulgadas na quarta-feira, afirmando ficar sempre "satisfeito" perante "revisões em alta relativamente ao crescimento económico".

O BdP prevê que a economia portuguesa cresça 6,3% este ano, acima dos 4,9% previstos anteriormente, apontando para expansões de 2,6% em 2023 e de 2% em 2024, segundo o Boletim Económico divulgado na quarta-feira.

Leia Também: Medina garante empenho para "compromisso amplo" sobre futuro líder do MEE

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