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Petrolífera Santos: Captura de carbono no Mar de Timor em 2025 ou 2026

Um responsável da petrolífera Santos prevê o início de captura e armazenamento de carbono no poço de Bayu Undan, no Mar de Timor, a partir de 2025 ou 2026, considerando o projeto de grande potencial para Timor-Leste.

Petrolífera Santos: Captura de carbono no Mar de Timor em 2025 ou 2026
Notícias ao Minuto

06:25 - 14/06/22 por Lusa

Economia Petrolífera

"Estamos no processo de desenho e, dependendo do processo de autorização dos reguladores, esperamos que se tudo corra bem o processo de captura e armazenamento possa começar em 2025 ou 2026", disse à Lusa o diretor executivo e CEO da petrolífera, Kevin Gallagher.

O responsável, que está em Díli para participar numa cimeira de petróleo, gás e minas, notou que ainda não há, em Timor-Leste, o enquadramento regulatório para a captura e sequestro de carbono (CCS, na sigla em inglês) e indicou que a empresa está a dialogar com as autoridades sobre essa matéria.

"Esperamos que isto possa avançar em 2025 ou 2026 porque isso ajudaria a dar continuidade aos trabalhadores no projeto, garantindo a transição do final da exploração do Bayu Undan para a sua desativação e reaproveitamento, antes do arranque do projeto", referiu.

Antes, intervindo na abertura da cimeira, Gallagher disse que a Santos tem vindo a procurar alternativas para alargar a vida do Bayu Undan desde que assumiu o controlo operacional do poço, há dois anos.

Trata-se, disse, de alargar a vida de um poço que foi até agora a principal fonte de rendimento para Timor-Leste, contribuindo com mais de 20 mil milhões de dólares (19,2 milhões de euros) para as receitas do Estado.

"O Bayu Undan estava a chegar ao fim da sua vida útil e ia ser descomissionado. Pensamos em opções alternativas para alargar a vida do projeto e queremos criar o maior projeto de CSS do mundo", avançou.

Num momento de "crise energética global", disse, a procura de gás natural vai continuar, mas é igualmente necessário reduzir as emissões, pelo que iniciativas de captura e armazenamento de carbono abrem novas perspetivas.

"Projetos de CSS podem transformar-se numa indústria significativa para Timor-Leste, ajudando a 'descarbonizar' e a fortalecer a economia, tornado o gás natural e os hidrocarbonetos mais limpos", explicou.

"É impossível chegar à ambição de 'net zero' [neutralidade de carbono] em 2050 sem CCS", disse.

Atualmente, notou, há quase 30 projetos comerciais de CCS no mundo, incluindo dois outros na Austrália, com a estimativa de que o projeto de Bayu Undan pode representar uma "capacidade de armazenamento de 10 milhões de toneladas de CO2 por ano".

"E continuamos a considerar que há outros recursos por explorar em Timor-Leste e daí o nosso interesse na última ronda de licenciamento" conduzida pelas autoridades timorenses, sublinhou.

A Santos foi uma das cinco empresas a quem em abril foram adjudicados blocos na segunda ronda de licenciamento para projetos em terra e costeiros de explorações de petróleo e gás, segundo dados da Autoridade Nacional de Petróleo e Minerais (ANPM).

Em concreto, a Santos garantiu o Bloco R, localizado perto dos campos Kitan, Buffalo e Bayu-Undan, todos no Mar de Timor.

A empresa anunciou em janeiro do ano passado que vai investir 235 milhões de dólares (191,4 milhões de euros) para perfurações adicionais nos campos de Bayu-Undan no mar de Timor.

O programa adicional de perfuração 'in-filling', que pretendia conseguir uma maior recuperação de petróleo no campo, poderá representar um retorno até 20 milhões de barris equivalentes de petróleo, segundo a empresa.

A Santos é a operadora e detém uma participação de 68,4% no Bayu-Undan e na Darwin LNG, que reduzirá para 43,4% após a conclusão de uma venda de 25% à SK E&S.

Leia Também: Primeiro-ministro do Sri Lanka diz estar aberto a receber petróleo russo

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