Agricultores admitem aumento de salário mas com redução de custos
A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) admitiu hoje o aumento do salário mínimo nacional ainda este ano, desde que acompanhado pela redução de custos de contexto das empresas, e considerou desnecessário voltar a mexer na legislação laboral.
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Economia CAP
"Não vemos como impossível aumentar o salário mínimo nacional este ano, mas há outras questões que têm de ser vistas em simultâneo, ao mesmo tempo têm de ser reduzidos outros custos", disse o presidente da CAP, João Machado, aos jornalistas no final de um encontro com o primeiro-ministro, em São Bento.
João Machado salientou que há reformas estruturais que não foram cumpridas ao longo do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF), nomeadamente, a redução do preço da energia para as empresas, que considerou essencial para a competitividade das empresas agrícolas, e defendeu que agora, com a saída da 'troika' é a altura certa para as fazer.
Salientou, no entanto, que não se trata de "nenhuma moeda de troca" com alterações da legislação laboral.
"A reforma laboral para nós está feita e não queremos mexer nisso. Temos dois acordos de concertação que não foram integralmente cumpridos [o de 2006 e o de 2012] e o momento de cumprir um é também o [o momento] de cumprir o outro", sublinhou João Machado.
No final da reunião com Passos Coelho, que durou cerca de uma hora, o dirigente patronal disse que a questão do salário mínimo "não dominou a longa conversa" com o chefe do Governo.
Segundo o líder da CAP, o tema dominante do encontro foi o quadro macroeconómico que o país vive e que vai viver depois de maio.
A CAP pediu ainda "responsabilidade" ao Governo para que "todos os sacrifícios que os portugueses fizeram não sejam postos em causa devido às próximas eleições".
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