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Sindicatos da farmacêutica, elétrica e gráfica manifestam-se 3.ª feira
Dirigentes e ativistas sindicais das indústrias farmacêutica, de material elétrico e eletrónico e gráfica vão protestar na terça-feira, em Lisboa, junto às associações empresariais, contra a falta de aumentos salariais compatíveis com a subida do custo de vida.
© Reuters
Economia Sindicatos
"Vamos ter na rua cerca de duas centenas de representantes dos trabalhadores de empresas multinacionais das indústrias farmacêutica, de material elétrico e eletrónico e gráfica, que vão desfilar e concentrar-se junto das sedes das associações patronais destes setores, com o propósito de exigirem aumentos salariais que permitam fazer face ao aumento do custo de vida", disse à agência Lusa Rogério Silva, coordenador da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal).
A Fiequimetal, filiada na CGTP, reivindica aumentos salariais de 90 euros para todos os trabalhadores destes setores, "mas as empresas ficaram muito aquém deste valor ou nem sequer negociaram aumentos".
Segundo Rogério Silva, a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) aplicou aumentos salariais de 21 euros aos cerca de 5.000 trabalhadores do setor e a Associação Portuguesa das Empresas do Setor Elétrico e Eletrónico (ANIMEE) aplicou aumentos de 35 euros no seu setor, que tem cerca de 20.000 trabalhadores.
Os trabalhadores do setor gráfico, cerca de 2.000, não tiveram aumentos.
"Estamos na presença de multinacionais, designadamente da indústria farmacêutica, que nunca conheceram períodos de crise, com particular destaque para o período da epidemia da covid-19", salientou Rogério Silva.
De acordo com o sindicalista, na generalidade das empresas destes setores os salários base são, em média, inferiores a 900 euros.
Além do aumento salarial em 90 euros, a Fiequimetal e os seus sindicatos reivindicam também a valorização das carreiras profissionais e a melhoria das condições de trabalho, especialmente nos regimes de turnos.
O "Roteiro da Fiequimetal", inserido na Acção de Luta Nacional que a CGTP promove ao longo de junho, começa a meio da manhã de terça-feira, com um desfile entre Algés e a sede da Apifarma, no restelo.
Ao início da tarde, os dirigentes e ativistas sindicais manifestam-se junto à Alameda Dom Afonso Henriques, junto à sede da ANIMEE, de onde desfilarão até à sede da Apigraf (Associação Portuguesa das Indústrias Gráficas e Transformadoras do Papel), perto do Areeiro.
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