Hotelaria apela à intervenção de Costa para contratação na CPLP
A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) apelou hoje à intervenção do primeiro-ministro, António Costa, para "desburocratizar" os acordos de mobilidade que permitirão contratar profissionais da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
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Economia Hotelaria
Em comunicado, a AHP apelou a uma intervenção do primeiro-ministro, "por considerar que este é um tema que exige clara coordenação de políticas públicas, multissectorial, o que não se alcança sem uma intervenção ao mais alto nível".
A associação reuniu-se esta semana com a secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Rita Marques, para discutir, entre outros temas, a questão da falta de recursos humanos.
"A informação partilhada pela governante deixou a associação extremamente preocupada", lê-se na nota da AHP, para quem os resultados da reunião "não foram os esperados, uma vez que havia fortes expectativas relativamente aos 'acordos de mobilidade' que foram celebrados, quer com os países da CPLP, quer com a Índia e Marrocos".
A AHP tinha a expectativa que esses acordos já estivessem a ser operacionalizados, mas, segundo adiantou, "não é isso que está a acontecer".
"Viemos muito desapontados, porque o caminho que já tínhamos feito na anterior legislatura foi agora interrompido", referiu o recentemente nomeado presidente da AHP, Bernardo Trindade.
Para o responsável, "é extremamente preocupante" que o tema não esteja a ser tratado como "central para o desenvolvimento do país", uma vez que não há simplificação de procedimentos e articulação entre serviços, como os Serviços Consulares e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
A associação, que representa um setor que atravessa um problema de falta de mão-de obra, sublinhou que turismo é um setor fundamental para a economia do país e "não pode existir sem pessoas ao serviço".
Segundo a AHP faltam atualmente cerca de 45.000 trabalhadores no setor do turismo, dos quais 15.000 só na hotelaria.
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