Calçado acredita em aumentos da produção e antevê subida de preços
As empresas do setor do calçado acreditam em novos aumentos da produção e das encomendas no segundo trimestre deste ano, mas o setor já não "escapa" às tendências inflacionistas e antevê uma subida dos preços, foi hoje divulgado.
© Reuters
Economia Calçado
De acordo com o Boletim Trimestral de Conjuntura, editado pela APICCAPS em parceria com o Centro de Estudos da Universidade Católica do Porto, e hoje divulgado na 'newsletter' da associação, "ultrapassados que parecem estar os momentos mais críticos da pandemia de covid-19, a indústria portuguesa de calçado atravessa um momento muito favorável".
"Depois de um forte crescimento acumulado até março, com as vendas ao exterior a aumentarem mais de 25%, para o segundo trimestre do ano as perspetivas são bastante animadoras", lê-se no documento, no qual a Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos afirma que "o ano de 2022 será de afirmação do calçado português nos mercados externos".
No primeiro trimestre de 2022, "a produção e as encomendas continuaram a registar forte crescimento, refletindo-se positivamente na evolução do emprego na indústria. A apreciação global que as empresas fazem do estado dos negócios é agora a mais favorável da última década", lê-se na newsletter.
Atualmente, "as preocupações estão centradas no abastecimento de fatores de produção, em especial no preço e disponibilidade de matérias-primas e na escassez de mão-de-obra, para responder à forte procura".
Para o segundo trimestre deste ano, "as perspetivas das empresas inquiridas não foram ainda contaminadas pelos riscos de abrandamento económico que a guerra na Ucrânia exponenciou, continuando as empresas inquiridas a acreditar em novos aumentos da produção e das encomendas".
Contudo, "o setor não escapa já às tendências inflacionistas que se têm vindo a manifestar, com grande parte das empresas a acreditar que os preços do calçado vão aumentar, tanto no mercado nacional, como nos mercados externos".
A maioria das empresas (58%) acreditam que o estado dos negócios no segundo trimestre será suficiente e mais de um terço (36%) dizem que será bom, "gerando um saldo de respostas extremas de 30 pontos percentuais, o saldo mais elevado de que há registo".
A previsão de que o nível de emprego não se alterará obtém o maior número de respostas das empresas inquiridas (70%).
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