Governador brasileiro descarta responsabilidades de não pagamento à EDP
O governador do estado brasileiro de Santa Catarina descartou hoje responsabilidades do não pagamento de dividendos à EDP Brasil, o maior acionista privado da Celesc, e que reclama o pagamento de 238 milhões de euros em dividendos.
© Fundação EDP
Economia EDP Brasil
"A empresa está aumentando o seu grau de eficiência e as questões no que diz respeito aos critérios para a distribuição de dividendos têm que ser discutidos obviamente com o conselho da empresa que definiram regras e as regras têm de ser cumpridas", afirmou Carlos Moisés, questionado pela agência Lusa.
A EDP Brasil, cuja maioria de capital pertence à EDP, é o maior acionista privado da maior empresa de comercialização e distribuição de eletricidade de Santa Catarina, Celesc, com cerca de 30% das ações.
Contudo, apesar de o estado de Santa Catarina possuir apenas 20% da empresa, detém a 'golden share', o que lhe permite decidir sobre a distribuição dos dividendos.
"A EDP capitania um volume maior de dividendos porque a Celesc está mais eficiente. A Celsec já deu prejuízo há algum tempo. Hoje ela está avançando", acrescentou o governante brasileiro, à margem de um evento, em Brasília, organizado na embaixada de Portugal no Brasil.
No início de maio, a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) anunciou a aprovação do pagamento de 20 milhões de reais (3,83 milhões de euros) em dividendos relativos ao exercício de 2021.
Um valor muito abaixo do desejado já que, em entrevista à Lusa, no final de abril, o presidente da EDP Brasil confirmou a possibilidade de a EDP Brasil vender a sua participação (29,9%) na Celesc, caso o impasse sobre o pagamento de cerca de 1,2 mil milhões de reais (238 milhões de euros, na cotação atual) em dividendos aos acionistas da companhia não seja superado.
"Foi-me perguntado se eu admitia que pudéssemos sair da Celesc, é evidente que admito. Não desejo. Desejo resolver o assunto e ficar", afirmou o presidente da EDP Brasil.
Marques da Cruz defendeu que a EDP Brasil tem uma política de dividendos e considera que a Celesc, como uma empresa participada, também deve ter uma política para distribuir os lucros entre os seus acionistas no futuro e "uma solução para os lucros não distribuídos".
A EDP Brasil ainda não reagiu publicamente ao anúncio feito pela Celesc relativo ao pagamento de 20 milhões de reais (3,83 milhões de euros) em dividendos relativos ao exercício de 2021.
A EDP Brasil registou lucro de 523 milhões de reais (cerca de 100,5 milhões de euros) no primeiro trimestre de 2022.
O montante indica um aumento de 5,4% face ao lucro de 443,6 milhões obtido no mesmo período do ano anterior.
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