O CEO da Ryanair, Michael O’Leary, pediu, na segunda-feira, que a Boeing faça um conjunto de “mudanças radicais” na sua administração, de modo a corrigir uma série de atrasos nas entregas e perdas de negócios para a rival Airbus, escreve o Financial Times.
Michael O’Leary disse que os responsáveis pelo segmento de aviões comerciais da Boeing não estão "à altura do trabalho" e não fizeram o suficiente para impedir que a quota de mercado fosse “eliminada” pela Airbus, segundo o mesmo jornal.
“As entregas foram fracas nos últimos dois anos e acreditamos que eles precisam de mudanças de gestão na área da aviação civil, porque a equipa de gestão em Seattle não está a entregar. Não é entregue há dois anos e não está à altura do trabalho”, disse O’Leary.
O Financial Times tentou obter um comentário junto da Boeing, mas tal não foi possível.
Esta crítica de O'Leary é o mais recente sinal da crescente frustração entre os clientes da Boeing, numa altura em que a fabricante de aviões enfrenta uma série de atrasos na produção e problemas de certificação, alimentando preocupações sobre a administração.
Em setembro do ano passado, recorde-se, a Ryanair anunciou que terminaram as negociações com a Boeing para uma encomenda do modelo MAX10, devido a um desacordo sobre os preços. Na altura, as conversações duraram cerca de 10 meses, mas não se chegou a um acordo.
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