Metro do Porto estuda ida de comerciantes afetados para estação 'premium'

O presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, disse hoje à Lusa que os comerciantes afetados pelas obras de construção da linha Rosa poderão ir para uma estação 'premium' localizada na cidade do Porto.

Metro do Porto

© Wikimedia Commons

Lusa
16/05/2022 16:30 ‧ 16/05/2022 por Lusa

Economia

Metro do Porto

"Muito provavelmente será numa estação. Ainda não está definido. É um aspeto que estamos a tentar verificar com cada um dos agentes, mas muito provavelmente será numa estação", disse à Lusa Tiago Braga, que falava à margem da Portugal Railway Summit 2022, que decorre hoje e na terça-feira no terminal de cruzeiros do Porto de Leixões, em Matosinhos, no distrito do Porto.

Na quinta-feira, vários comerciantes afetados pelas obras do Metro do Porto na Rua do Almada e na Praça da Liberdade reportaram à Lusa impactos superiores a 50%, mas a empresa disse estar já a trabalhar numa "solução inovadora e extraordinária" para os deslocalizar temporariamente.

"Se o objetivo é localizar este espaço num sítio onde tenha muita procura, nós vamos valorizar aquilo que são os nossos espaços que têm uma capacidade intermodal muito grande e um nível de utilização que só é comparável, na Área Metropolitana do Porto, aos grandes centros comerciais", justificou hoje Tiago Braga.

O responsável considerou que "são espaços 'premium'" os que estão ao dispor da empresa, indo "procurar valorizar aqueles espaços", quando questionado se estaria em causa uma estação no centro, nomeadamente a Trindade.

Para o presidente da Metro, "o que está em causa é criar um espaço próprio onde alguns comerciantes, nomeadamente aqueles cuja tipologia se enquadra [na mudança temporária], se possam deslocalizar provisoriamente para esse espaço".

"Será um espaço condigno, que será preparado para estas intervenções de curto/médio prazo, para que as pessoas continuem a ter, independentemente de manterem a sua loja e o seu estabelecimento aberto, mais um ponto de exposição junto do público", explicou.

Tiago Braga adiantou ainda que não estando uma decisão tomada definitivamente, a Metro está a "procurar auscultar cada um dos comerciantes no sentido de perceber se verdadeiramente faz sentido este investimento, que é um investimento ainda relativamente pesado".

Na semana passada, perante as críticas de lojistas, a Metro adiantou estar "a trabalhar numa solução inovadora e extraordinária para deslocalização temporária de alguns espaços comerciais afetados pelas obras de construção da Linha Rosa", um projeto "em desenvolvimento" que implica o "contacto estreito com os próprios comerciantes e que poderá ser apresentado e concretizado em breve".

A Linha Rosa do Metro do Porto ligará São Bento/Praça da Liberdade à Casa da Música, com estações no Hospital de Santo António e na Praça da Galiza, e deverá estar concluída em 2024.

A Metro do Porto tem em curso, além da construção da Linha Rosa, o prolongamento da Linha Amarela, entre Santo Ovídio e Vila D'Este, em Vila Nova de Gaia.

No total, o custo da expansão em curso do Metro do Porto chega aos 407 milhões de euros, montante ao qual acresce IVA.

Leia Também: Metro abre duas linhas até às 3h para festejos do título do FC Porto

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