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Ucrânia? Gentiloni admite emissão de dívida para financiar reconstrução

O comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, disse hoje admitir uma nova emissão de dívida conjunta na União Europeia (UE), como aconteceu para o financiamento da recuperação pós-pandemia, para apoiar a reconstrução da Ucrânia após a guerra.

Ucrânia? Gentiloni admite emissão de dívida para financiar reconstrução
Notícias ao Minuto

15:49 - 16/05/22 por Lusa

Economia Dívida

Em entrevista à agência Lusa e outros meios europeus, em Bruxelas, Paolo Gentiloni, referiu que o plano de recuperação para a Europa, para fazer face à crise causada pela pandemia de covid-19, está a ter um "bom resultado" nos Estados-membros, que estão já a aplicar as verbas.

"Penso que isto poderia ser também, para os líderes, uma das opções nos planos futuros de reconstrução da Ucrânia", apontou o responsável europeu pela tutela.

Ainda assim, de acordo com o comissário europeu, "isto não é algo que a Comissão irá propor rigorosamente", embora o possa apoiar de "várias opções diferentes", deixando esse papel para os chefes de Governo e de Estado da UE.

A ideia seria, então, "utilizar no futuro" as bases relativas a este Plano de recuperação para a Europa, no âmbito do qual houve uma emissão conjunta de dívida na UE, "não para o tornar permanente, mas para considerar a possibilidade de o mesmo método ser utilizado para outros fins", explicou Paolo Gentiloni, falando à Lusa e outros meios europeus.

De acordo com o governante, o papel da UE na reconstrução da Ucrânia "é algo a ser decidido, mas não nestes dias e não por proposta da Comissão", como aconteceu com o Plano de recuperação para a Europa.

"Penso que será uma das questões possíveis na agenda dos líderes no final do mês", para quando está marcada uma cimeira extraordinária de chefes de Estado e de Governo da UE, em Bruxelas.

Em causa está o Mecanismo de Recuperação e Resiliência, avaliado em 672,5 mil milhões de euros (a preços de 2018) e elemento central do "NextGenerationEU", o fundo de 750 mil milhões de euros aprovado pelos líderes europeus em julho de 2020 para a recuperação económica da UE da crise provocada pela pandemia de covid-19.

Para financiar a recuperação europeia, a Comissão Europeia decidiu contrair, em nome da UE, empréstimos nos mercados de capitais até 750 mil milhões de euros a preços de 2018 -- cerca de 800 mil milhões de euros a preços correntes --, o que se traduz em cerca de 150 mil milhões de euros por ano, em média, entre meados de 2021 e 2026, fazendo da UE um dos principais emissores.

Paolo Gentiloni, que hoje se reuniu em Bruxelas com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, lembrou que o país necessita também de "apoio imediato" que, segundo as contas do Fundo Monetário Internacional (FMI), ascende a cinco mil milhões de euros por mês para manter a economia ucraniana a funcionar.

"A UE deveria dar uma contribuição adicional para as necessidades imediatas", defendeu o comissário europeu, anunciando que esta semana Bruxelas irá mobilizar para a Ucrânia 600 milhões, a segunda tranche de um pacote de assistência financeira orçado em 1,2 mil milhões.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

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