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Guerra leva a revisão em baixa do crescimento europeu para 2,7% este ano

A Comissão Europeia reviu hoje em baixa as previsões de crescimento económico devido à guerra na Ucrânia, estimando agora subidas de apenas 2,7% do PIB este ano e 2,3% no próximo, tanto na UE como na zona euro.

Guerra leva a revisão em baixa do crescimento europeu para 2,7% este ano
Notícias ao Minuto

10:20 - 16/05/22 por Lusa

Economia UE/Previsões:

As projeções da primavera hoje divulgadas representam uma acentuada revisão em baixa relativamente às previsões de inverno, divulgadas em 10 de fevereiro, ainda antes de a Rússia ter invadido a Ucrânia, e que projetavam que o Produto Interno Bruto (PIB) subisse 4,0% este ano tanto no espaço da moeda única como no conjunto dos 27 Estados-membros, e 2,8% na UE e 2,7% na zona euro em 2023.

Segundo Bruxelas, "as perspetivas para a economia da UE antes do início da guerra eram de uma expansão prolongada e robusta", mas "a invasão russa da Ucrânia colocou novos desafios, precisamente quando a União tinha recuperado dos impactos económicos da pandemia" da covid-19.

"Ao exercer novas pressões no sentido da subida dos preços dos produtos de base, causando novas ruturas de abastecimento e aumentando a incerteza, a guerra está a exacerbar os ventos contrários ao crescimento pré-existentes, que anteriormente se esperava que diminuíssem", argumenta o executivo comunitário.

Bruxelas admite ainda que o crescimento económico pode ficar ainda mais abaixo do projetado agora, apontando que "os riscos para a previsão da atividade económica e da inflação dependem fortemente da evolução da guerra, e especialmente do seu impacto nos mercados energéticos", além de que a pandemia da covid-19 "continua a ser um fator de risco".

"Para além destes riscos imediatos, a invasão russa da Ucrânia está a levar a uma dissociação económica da UE em relação à Rússia, com consequências difíceis de apreender plenamente nesta fase", sublinha a Comissão Europeia.

Por outro lado, Bruxelas estima que, "apesar dos custos das medidas para mitigar o impacto dos elevados preços da energia e apoiar as pessoas que fogem da Ucrânia, o défice governamental agregado na UE deverá diminuir ainda mais em 2022 e 2023, uma vez que as medidas temporárias de apoio no quadro da covid-19 continuam a ser retiradas".

"De 4,7% do PIB em 2021, prevê-se que o défice na UE desça para 3,6% do PIB em 2022 e 2,5% em 2023 e 3,7% e 2,5%, respetivamente, na zona euro", projeta Bruxelas.

Também em relação à dívida, as previsões da primavera do executivo comunitário apontam para que esta continue em trajetória descendente, apesar do atual contexto.

"Após ter diminuído em 2021 para cerca de 90% (97% na zona euro) do pico histórico de quase 92% do PIB em 2020 (quase 100% na zona euro), prevê-se que o rácio agregado da dívida em relação ao PIB da UE diminua para cerca de 87% em 2022 e 85% em 2023, e 95% e 93% na zona euro, respetivamente", permanecendo ainda assim acima do nível anterior à pandemia, estima Bruxelas.

Num primeiro comentário a estas novas previsões económicas, o vice-presidente executivo da Comissão Valdis Dombrovskis admitiu que "não restam dúvidas de que a economia da UE está a atravessar um período desafiante devido à guerra da Rússia contra a Ucrânia", o que forçou a uma revisão em baixa das projeções da Comissão.

"O fator negativo esmagador é o aumento dos preços da energia, que leva a inflação a atingir níveis recorde e a colocar uma pressão sobre as empresas e as famílias europeias. Embora o crescimento vá continuar este ano e no próximo, será muito mais moderado do que se esperava anteriormente", disse, acrescentando que "a incerteza e os riscos para as perspetivas permanecerão elevados enquanto a agressão da Rússia continuar".

Também o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, observou que "a invasão russa da Ucrânia está a causar sofrimento e destruição incalculáveis, mas está também a pesar na recuperação económica da Europa", admitindo igualmente que os efeitos do conflito podem levar a que o crescimento económico seja ainda mais reduzido e a inflação mais elevada do que agora previsto.

Leia Também: Bruxelas acredita em previsão de 1,9% de Medina para o défice

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