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Wall Street fecha em ordem dispersa perante inflação e invasão da Ucrânia

A bolsa nova-iorquina encerrou na quinta-feira em ordem dispersa uma sessão volátil, com subidas e descidas, com os investidores preocupados com a inflação e os desenvolvimentos geopolíticos da invasão russa da Ucrânia.

Wall Street fecha em ordem dispersa perante inflação e invasão da Ucrânia
Notícias ao Minuto

00:09 - 13/05/22 por Lusa

Economia Bolsas

Os resultados definitivos indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 0,33%, para os 31.730,30 pontos, e o alargado S&P500 cedeu 0,13%, para as 3.930,08 unidades. Já o tecnológico Nasdaq conseguiu fechar em terreno positivo, com um avanço de seis centésimas, que o colocaram nos 11.370,96 pontos.

Mas, durante a sessão, os índices apresentaram uma recuperação nítida, com o Nasdaq a progredir mesmo 1,60%, antes de regressarem às perdas, com o Dow Jones a acabar mesmo uma sexta queda consecutiva.

"Os investidores continuam nervosos, depois da saída de outro relatório sobre a inflação, que mostrou que os preços grossistas continuam a subir", indicaram os analistas do Schwab.

"Para mais, as expectativas de um Fed [a Reserva Federal, banco central dos EUA] agressiva em contexto de arrefecimento económico contribuíram em muito para a volatilidade, assim como a invasão russa da Ucrânia, os confinamentos na China e o dólar forte".

Os investidores continuam a digerir os números sobre a inflação nos EUA em abril, divulgados na véspera, que superaram as expectativas dos economistas, ao se situarem em 8,3% anuais, permanecendo próximos do máximo em 40 anos.

Esta estatística foi seguida hoje pela relativa ao índice dos preços na produção para abril que, se perdeu força, em termos mensais, ao sair 0,5%, mantém-se elevada em termos anuais, com 11%.

"Isto mostra que ainda há problemas na cadeia logística de aprovisionamento, que vão ter consequências no sistema, o que significa que os preços no consumidor vão descer mais lentamente do que previsto", estimou Christopher Vecchio, analista na DailyFX.

"Isto significa que a Fed vai adotar um ritmo rápido de subida de taxas" de juro, prosseguiu.

Além da inflação, os investidores também reagiram negativamente à pretensão da Finlândia, de aderir "sem demora" à NATO, apontou Peter Cardillo, da Spartan Capital Securities.

Este desejo foi imediatamente criticado pelos dirigentes do Moscovo, que prometeram aos de Helsínquia uma resposta "técnico-militar".

Aquele operador de mercado afirmou que "os investidores estão inquietos com a propagação da guerra; a Finlândia fala em aderir à NATO e, se isso ocorrer, Vladimir Putin indicou claramente que iria ripostar".

Neste cenário, acrescentou, "se a Federação Russa ripostar, pode-se entrar em guerra, com os EUA ou outros Estados europeus. É um facto negativo para o mercado".

Noutro registo, Cardillo adiantou que, apesar dos receios de inflação, os rendimentos das obrigações do Tesouro dos EUA a 10 anos, que evoluem em sentido inverso ao do respetivo preço, aliviaram de 2,92% da véspera para 2,85%.

"É o fator medo que joga, que leva a que se comprem títulos do Tesouro", o que leva os preços a subir e os rendimentos a descer.

Valor refúgio, o dólar apreciou para o seu máximo de 20 anos em relação às principais divisas.

O 'dólar index', que compara o 'bilhete verde' com um cabaz de outras moedas, atingiu hoje 104,83 pontos, valor nunca visto desde dezembro de 2002.

Ao fim do dia, o euro estava ao nível mais baixo face ao dólar, desde dezembro de 2017, ao evoluir a 1,0366 dólar por um euro.

"É evidente que as subidas das taxas da Fed vão ultrapassar de longe as da Europa, cenário este que torna o dólar mais sedutor do que o euro", sublinhou Joe Manimbo, da Western Union.

Leia Também: Bolsas europeias em baixa, a seguir tendência de Wall Street

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